PS de Coimbra questiona Governo sobre situação do Hospital de Cantanhede
Porto Canal / Agências
Coimbra, 23 fev (Lusa) - A Federação de Coimbra do Partido Socialista questionou hoje o Governo sobre se a eventual transferência de gestão do Hospital João Crisóstomo, de Cantanhede, para a União das Misericórdias, se vai traduzir na redução de valências médicas.
Numa moção aprovada em plenário de militantes, os socialistas pretendem ainda que a tutela esclareça que serviços vão ser garantidos, o preço a pagar e se vai existir dispensa de pessoal médico, de enfermagem ou hospitalar e passagens ao regime de mobilidade.
"Ao ministro da Saúde, autoridade máxima nesta área, cabe a obrigação de mostrar clara e inequivocamente qual o projeto que existe para a passagem deste hospital para a Misericórdia de Cantanhede", lê-se no documento aprovado.
A estrutura dirigida por Pedro Coimbra considera que "atuais preocupações são ainda mais graves quando se assiste a um permanente desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, com reflexos em todo o país, e com dramáticas consequências para os cidadãos".
A moção salienta ainda que a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) se mantém "silenciosa a um pedido de reunião dirigido pelo PS com vista a obter todos os esclarecimentos sobre a firme vontade do Governo de entregar o Hospital de Cantanhede à União das Misericórdias".
"É um direito das populações ter conhecimento do que está a ser negociado neste processo, dado tratar-se de um bem público que afeta milhares de pessoas, e um direito dos trabalhadores do hospital saberem o que está a ser preparado e que impacto tem para o seu futuro", refere ainda o documento.
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos da ARSC, por correio eletrónico, mas, até às 17:30, não foi possível.
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