PS exige que primeiro-ministro esclareça se mantém confiança na equipa das Finanças

PS exige que primeiro-ministro esclareça se mantém confiança na equipa das Finanças
| Política
Porto Canal

O PS exigiu hoje que o primeiro-ministro quebre o silêncio e esclareça se mantém a confiança na equipa das Finanças, considerando que "a credibilidade e idoneidade política" da equipa de Maria Luís Albuquerque está no "grau zero".

"A credibilidade e a idoneidade políticas da equipa das finanças está no grau zero, como o país inteiro já percebeu. Parece que só mesmo o senhor primeiro-ministro não o compreendeu", afirmou o porta-voz do PS, João Ribeiro, numa declaração aos jornalistas.

Considerando que o silêncio de Passos Coelho mostra igualmente que o primeiro-ministro "também não compreende quanto isso é negativo para a imagem e para a credibilidade externas do país", João Ribeiro insistiu "a questão política essencial" é saber se o líder do executivo "mantém ou não mantém a confiança na sua equipa das finanças".

"Essa é uma questão que os portugueses querem ver respondida para poderem formular o seu juízo sobre o critério ético e político do principal responsável pelo governo. Para o PS, o continuado silêncio do senhor primeiro-ministro sobre esta matéria é tão preocupante quanto esclarecedor", acrescentou.

Questionado se o PS defende a demissão do secretário de Estado do Tesouro, o porta-voz socialista escusou-se a responder, reiterando que o importante é que o primeiro-ministro se pronuncie com urgência sobre a matéria.

"Vamos esperar pela resposta do primeiro-ministro", disse.

A revista Visão noticiou na quinta-feira que o Citigroup propôs em 2005 ´swaps' a Portugal para baixar artificialmente o défice, estando o atual secretário de Estado do Tesouro e o dono da consultora StormHarbour entre os responsáveis pela proposta.

De acordo com um documento a que a Lusa também teve acesso, o banco norte-americano fez várias propostas ao instituto que gere a dívida pública portuguesa, o IGCP, de ´swaps' que baixariam artificialmente o défice.

Na sexta-feira, o secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, recusou responsabilidades na tentativa de venda pelo Citigroup ao Estado de ´swaps' para baixar artificialmente o défice, e disse não se lembrar se esteve na apresentação da proposta.

No entanto, Pais Jorge confirmou na segunda-feira à SIC, por escrito, ter reunido com o gabinete de José Sócrates, enquanto diretor do Citigroup.

Já esta manhã, o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto admitiu que há "inconsistências problemáticas" que o Governo está a "averiguar" relativamente a documentos referentes ao envolvimento do secretário de Estado do Tesouro na tentativa de venda de ´swap' ao Executivo anterior.

"Foram detetadas inconsistências que nesta fase merecem análise e cuidado no que concerne ao documento que está a ser apresentado como suporte da presença do senhor secretário de Estado do Tesouro nas reuniões sobre a venda, a suposta venda, de ´swap', destinados à gestão da dívida pública e do défice", afirmou Pedro Lomba.

"O Governo está a averiguar e a clarificar esta questão. Até ao fim do dia, serão prestados todos os esclarecimentos no que concerne a estas inconsistências problemáticas", disse o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional.

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