Petição pede à Câmara do Porto para recuperar casa e criar museu António Nobre

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Porto Canal / Agências

Porto, 09 fev (Lusa) -- O escritor Mário Cláudio revelou hoje que lançou no início do ano uma petição pública a pedir à Câmara do Porto que impeça a derrocada, recupere e transforme em museu a casa onde morreu o poeta António Nobre.

"A casa está em risco de derrocada mas a mesma ainda pode ser sustida. Era importante que a Câmara adquirisse a casa e ali guardasse o espólio do poeta, guardado na biblioteca municipal, criando uma Casa Museu que pudesse funcionar como contraponto com a Casa Museu Fernando Pessoa, em Lisboa", disse à Lusa Mário Cláudio, autor da petição que conta atualmente com cerca de 500 assinaturas.

Explicando que a requalificação da habitação situada na Avenida Brasil, na zona da Foz, é "uma causa" que acompanha "há vários anos", o escritor destacou que pretende sensibilizar o novo executivo autárquico para a importância de preservar o espaço e para que o mesmo seja, "pelo menos, um imóvel de interesse público".

Mário Cláudio adiantou que já enviou a petição à autarquia e que tem mantido contactos sobre o assunto com o vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva.

O documento, a que a Lusa teve acesso, tem por título "Apelo para a recuperação da casa onde morreu António Nobre" e é também dirigido ao presidente da Câmara, Rui Moreira, a quem os signatários se manifestam "preocupados com o estado de degradação da casa onde morreu o poeta António Nobre, situado na Avenida Brasil à foz do douro".

A petição pede, por isso, que a autarquia mobilize "todos os meios para impedir o desaparecimento de um importante rasto físico da passagem daquela que foi uma das grandes figuras da literatura portuguesa de todos os tempos".

"A nosso ver, a classificação do imóvel como de interesse publico, ou mesmo municipal, como primeiro passo na salvaguarda do edifício, poderá constituir medida imediata para o efeito", acrescentam.

No documento, regista-se igualmente que "o precioso espólio do autor, propriedade da autarquia e guardado na biblioteca pública municipal, poderá vir a ser adequadamente alojado nesse espaço, uma vez restituída a memória de todos".

O livro "Só" é uma das obras mais conhecidas do poeta António Nobre, que morreu naquela casa da Foz, em frente ao mar, em 1900, com 32 anos.

ACG // MSP

Lusa/fim

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