Moldes mantêm expectativas "positivas" para 2015, após "melhores anos de sempre"

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Porto Canal / Agências

Marinha Grande, Leiria, ?? jan (Lusa) -- A indústria de moldes em Portugal, com 450 empresas, a maioria na Marinha Grande e em Oliveira de Azeméis, mantém expectativas "otimistas" para 2015, após "os melhores anos de sempre" alcançados desde 2012, anunciou a associação do setor.

"As expectativas para 2015 são otimistas, perspetivando-se uma continuidade dos bons resultados", revelou a Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol), sediada na Marinha Grande, distrito de Leiria.

Ainda sem resultados finais em relação ao ano passado, a associação estima, contudo, que estes sigam a tendência do "crescimento significativo das exportações, nomeadamente em 2012 e 2013, os dois melhores anos de sempre", e se cifrem igualmente na ordem dos 540 milhões de euros.

O presidente da Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol), João Faustino, advertiu, no entanto, que as alterações das "condições geopolíticas, das situações financeiras pelo mundo ou do preço do petróleo" podem alterar o curso do crescimento, assinalando que, neste setor, no qual 90 por cento da produção é exportada, "são mais os fatores externos do que os internos" a influenciar.

Com cerca de oito mil trabalhadores, 28 por cento no concelho da Marinha Grande, onde "moram" 121 empresas, este número quase duplica se se estender o polo aos concelhos vizinhos de Leiria e Alcobaça, "onde o setor tem expressão significativa", esclareceu a associação.

Segundo a Cefamol, Espanha, Alemanha e França foram os principais mercados em 2014, surgindo depois Polónia, República Checa, Estados Unidos da América e México.

"A principal indústria cliente do setor é, claramente, a automóvel, que representa mais de 70% da nossa produção", mas "indústrias como a de embalagem ou eletrodomésticos têm alguma representatividade, registando-se ainda um surgimento dos dispositivos médicos ou da aeronáutica", explicou a associação.

O presidente da Cefamol, João Faustino, salientou que esta dependência obriga as empresas nacionais a comungar da evolução da indústria automóvel.

"Tem a vantagem de ser uma indústria que é preponderante na atividade internacional e na economia mundial, e de estar sempre no topo do desenvolvimento e na vanguarda tecnológica", declarou.

Quanto às restantes indústrias clientes, o responsável referiu que "muitas delas deslocalizaram-se para o mercado asiático", pelo que o setor nacional ficou "com uma reduzida base de ação para aumentar a penetração", sobretudo nos eletrodomésticos e eletrónica atualmente e, no passado, a indústria dos brinquedos.

O dirigente acrescentou que a diversificação de mercados e de áreas de negócio é uma prioridade da associação, mas também do polo de competitividade "Engineering & Tooling", através da Associação Pool Net, sediada na Marinha Grande, a que preside a Cefamol.

O objetivo é conseguir "contrariar o que tem sido a dependência da indústria automóvel", mas também do mercado europeu, "o destino da maior parte das exportações", justificou João Faustino, apontando, ainda, a necessidade de as empresas aproveitarem "toda a cadeia de valor" para se diferenciarem da concorrência.

Neste caso, o desafio do setor passa por não vender apenas o molde, mas estar em todo o processo, desde o design à prototipagem, e ao fabrico da peça e componentes, acrescentou o presidente da Cefamol.

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