Centros de saúde do Oeste com horário alargado para responder a pico da gripe

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Porto Canal / Agências

Caldas da Rainha, Leiria, 22 jan (Lusa) -- Cinco polos dos centros de saúde das Caldas da Rainha e de Torres Vedras vão ter horários alargados até ao final de fevereiro para diminuir a afluência às urgências do Centro Hospitalar do Oeste.

A medida, integrada no plano de contingência para fazer face ao surto de gripe, foi hoje anunciada pelos responsáveis do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e dos dois ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) da área de influência dos três hospitais que o integram (Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche).

No ACES Oeste Norte, o alargamento de horários verifica-se nos centros de saúde das Caldas da Rainha e do Bombarral e no serviço de atendimento permanente (SAP) da Nazaré.

Nas Caldas da Rainha, o centro, que habitualmente funcionava até às 19:00, passará a atender doentes até às 22:00 de segunda a sexta e aos sábados das 09:00 às 17:00.

O centro de saúde do Bombarral alarga também o horário até às 22:00, nos dias úteis. Ao sábado funcionará das 09:00 às 13:00 e ao domingo das 09:00 às 17:00.

Já o SAP da Nazaré, que já funcionava diariamente entre as 20:00 e as 08:00, passa a receber doentes aos fins de semana, entre as 14:00 e as 08:00.

No ACES Oeste Sul o alargamento centra-se no Centro de Atendimentos e Tratamentos Urgentes (CATUS) de Torres Vedras, que funcionará todos os dias da semana entre as 08:00 e as 22:00, e no SAP de Mafra, que passará a funcionar 24 horas por dia, com dois médicos, todos os dias da semana.

Na conferência de imprensa, os responsáveis pelos dois ACES esclareceram que as extensões em causa "atenderão todos os doentes, mesmo que pertençam a outro centro de saúde" ou que "não tenham médico de família".

Ana Pisco (do ACES Norte) e Gonçalves André (do ACES Sul) aconselham ainda os utentes a "ligar para a Linha Saúde 24" antes de se dirigirem às urgências dos centros de saúde, já que se está "a dar prioridade aos doentes encaminhados por essa via".

O alargamento dos horários de centros de saúde terá, no caso do ACES Norte, um acréscimo de custos estimado na ordem dos 45 mil euros, já que, segundo Ana Pisco, "isto obriga ao pagamento de horas extraordinárias a uma equipa de cinco pessoas [em cada polo], entre médicos, enfermeiros e administrativos".

Nos centros de saúde do sul o custo estimado é de 20 mil euros.

A extensão do horário de funcionamento dos centros de saúde junta-se a outras medidas já implementadas pelo CHO para minorar os problemas nas urgências dos hospitais das Caldas da Rainha e Torres Vedras, onde, segundo a diretora clínica, "houve uma aumento de 30 camas" para apoio ao serviço e um reforço das macas para que "as macas dos bombeiros não fiquem retidas".

De acordo com o presidente do conselho de administração do CHO, o número de doentes não urgentes (sobretudo pulseiras verdes, segundo o sistema de triagem de Manchester) que recorrem às urgências hospitalares "ronda os 43%" e o hospital vai, nas próximas semanas, "avaliar, na prática, qual a redução que se verificará" com o alargamento.

A medida vigorará por seis semanas, mas poderá ser estendida até março, se se verificar essa necessidade.

O CHO serve as populações das Caldas da Rainha, Torres Vedras, Peniche, Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, num total de 292.500 pessoas.

DYA // ROC

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