Autarca de Águeda escreve ao ministro para travar retirada de serviços do hospital

| Política
Porto Canal / Agências

Aveiro, 02 ago (Lusa) - O presidente da Câmara de Águeda disse hoje esperar pela resposta do ministro da Saúde, Paulo Macedo, à sua "carta aberta" sobre a situação do Hospital, acusando a administração de estar a "retirar mais serviços".

"Vamos esperar. Se o ministro da Saúde não responder, temos outras iniciativas pensadas que oportunamente divulgaremos", disse à Lusa Gil Nadais, que justifica a carta aberta a Paulo Macedo por "o presidente do conselho de administração e o diretor clínico do centro Hospitalar do Baixo Vouga encerrarem mais serviços no Hospital de Águeda, contra aquilo que disseram aos deputados".

Gil Nadais, acompanhado por dezenas de populares, entregou na Assembleia da República a 17 de julho uma petição com mais de 10.500 assinaturas, contra a retirada de serviços do Hospital de Águeda, que deverá baixar à respetiva comissão, quando forem retomados os trabalhos parlamentares.

"Já depois da nossa ação no Parlamento, retiraram competências à Urgência de Águeda, que neste momento é um Serviço de Atendimento Permanente (SAP) que de pouco serve e por isso já quase nem tem movimento", declarou o autarca, dando conta de que na quinta-feira foram retirados da Urgência os internistas.

"Quer dizer que se uma pessoa tiver sintomas de um problema cardíaco não vale a pena ir ao Hospital de Águeda, se lá for é só para tomar a ambulância e mais vale ir direto para Aveiro", diz Gil Nadais, que reclama a intervenção de Paulo Macedo.

O presidente da Câmara, em declarações à Lusa, disse ainda estranhar que a administração do Centro Hospitalar tenha ordenado uma vistoria ao bloco de operações do Hospital de Águeda, concluindo que havia "uma intenção velada" nessa decisão.

"Mandaram fazer uma vistoria ao bloco de operações do Hospital de Águeda e gostava de saber se foi feita às condições dos outros blocos e se há resultados, para ficarmos todos a saber se só vieram a Águeda e porquê", disse.

Na carta aberta enviada Paulo Macedo, Gil Nadais acusa o conselho de administração do Centro Hospitalar do baixo Vouga de "enganar despudoradamente os autarcas e todos os cidadãos da região".

Dá como exemplos a patologia clínica, "que num dia diz que vai potenciar e no dia seguinte manda encerrar", o fim dos exames complementares de diagnóstico em cardiologia "sem qualquer razão", ou ainda o Serviço de Ortopedia "que até solicita o apoio da autarquia para fazer obras de adaptação e, passados menos de dois meses, manda fechar".

Gil Nadais lembra ainda que foi a autarquia que disponibilizou 500 mil euros para suportar a componente nacional de fundos comunitários para obras no Hospital de Águeda, "e nada tem sido feito".

A Lusa tentou obter a reação do ministro Paulo Macedo à "carta aberta", mas fonte do seu Ministério esclareceu que Paulo Macedo "só reagirá depois de avaliar a situação".

MSO // JGJ

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