"É possível investir e dar felicidade aos cidadãos" do Porto -- Menezes

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 02 ago (Lusa) - O candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, disse hoje que "é possível investir e ao mesmo tempo dar felicidade aos cidadãos", avisando que não podem contar com ele para dizer que não há dinheiro para nada.

"Não tenho coragem para ir dizer aos homens da cultura da cidade que o Fantasporto, o FITEI ou o Círculo Portuense de Ópera fecham as portas porque não existem meia dúzia de milhares de euros" para ajudar aquelas instituições, exemplificou.

"Não tenho cara para dizer aos portuenses que o [antigo cinema] Batalha vai ser outro hotel, que o [antigo cinema] Júlio Dinis vai ser uma pensão, que o [antigo cinema] Vale Formoso vai continuar a ser uma igreja e que o [antigo teatro] Sá da Bandeira vai ser destruído e deixar de ser um dos símbolos da cultura popular de base", continuou.

Menezes, que falava no âmbito da apresentação pública da mandatária digital da sua candidatura - apresentadora Sónia Araújo - reforçou: "Não tenho cara para isso, se quiserem um presidente de câmara para isso, não me elejam ".

Sem nunca estabelecer paralelismos explícitos com a gestão imposta pelo atual presidente social-democrata da Câmara, Rui Rio, de grande contenção com os gastos, o candidato do PSD prometeu, "independentemente do que venha a acontecer, encontrar soluções económicas e financeiras para dar respostas a problemas inadiáveis".

Menezes afirmou que "muitos presidentes de junta" de freguesia da cidade desafiaram-no para "conhecer um outro Porto, onde, por exemplo, não há saneamento básico.

"Fico perplexo, porque em Gaia há saneamento básico em todos os metros quadrados de uma área que é quatro vezes a área do Porto", comentou.

Referiu-se ao Cruz, ao Salgueiros e ao Ramaldense, três clubes populares cheios de problemas, disse: o primeiro "não tem balneários" para os seus jovens atletas, o segundo tem de "ir jogar futebol para Matosinhos" e o Ramaldense tem o "campo fechado porque a Junta e o clube não têm dinheiro para pagar a renda ao dono do terreno".

"Quem quiser um presidente para dizer que não há dinheiro para nada e dizer que vamos continuar neste rumo de decrepitude, de comércio a fechar, de bairros sociais [com gente] no desemprego e a passar dificuldades, com velhos isolados e sem tratamento, não vote em mim", salientou.

Luís Filipe Menezes prosseguiu frisando que também tem "preocupação" com a questão financeira. "Basta olhar para as contas da minha autarquia [Gaia] e verificar que uma câmara que investiu quase dois mil milhões de euros em dez anos está entre as 20 do país que tem melhores contas em Portugal", disse.

O candidato referiu depois que "é possível investir, desenvolver, robustecer e ao mesmo tempo dar felicidade aos cidadãos".

Disse, por outro lado, que "é insuportável a ideia que o serviço público de televisão não tenha no Porto um polo fortíssimo, com produção própria e não dependendo de ordens de Lisboa".

"O primeiro-ministro, há meses, prometeu-me que a RTP Internacional fica sediada no Porto", acrescentou.

Além de Luís Filipe Menezes, a corrida eleitoral no Porto está ser disputada pelo socialista Manuel Pizarro, os independentes Rui Moreira e Nuno Cardoso, e os candidatos da CDU, Pedro Carvalho, e do Partido Trabalhista Português, José Manuel Costa Pereira.

AYM // JGJ

Lusa/fim

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