Vento forte dificulta combate em Moimenta da Beira - bombeiros
Porto Canal / Agências
Viseu, 01 ago (Lusa) -- O vento forte está a dificultar o combate às chamas em Moimenta da Beira, num incêndio que deflagrou às 13:35 de hoje e ameaçou algumas povoações, disse à agência Lusa o comandante dos bombeiros locais.
Em declarações prestadas cerca das 18:30, o comandante José Requeijo explicou que "há muito vento no local, forte," e "muitos focos de incêndio dispersos".
"Estamos com quatro frentes ativas que ameaçaram as povoações de Nagosa, Castelo, Granja do Tedo e Longa. Continuamos ainda a fazer defesa de algumas habitações, mas o perigo está a passar", contou.
Segundo José Requeijo, há também "muito fogo na serra, com muita extensão e a arder com intensidade", não podendo ainda ser feitas previsões de quando a situação poderá melhorar.
A página da Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil refere que se encontram no local 247 bombeiros, quatro elementos dos Sapadores Florestais e três do Grupo de Análise e Uso de Fogo, apoiados por 70 veículos e três helicópteros bombardeiros.
No mesmo distrito, o incêndio que teve início às 12:26 em Castainço, no concelho de Penedono, tem três frentes ativas, mas está a evoluir favoravelmente.
O comandante dos bombeiros de Penedono, António Nogueira, explicou à Lusa que o fogo anda "junto à zona industrial, que está em construção, não tem lá nada, só estão a fazer as infraestruturas de água e saneamento".
António Nogueira contou que o fogo "lavrou de Castainço para Granja de Penedono", onde se situam as minas de ouro de S. António, o que foi "um bocado complicado, porque não se podia meter lá gente por causa dos poços".
"Foi deixar arder. Felizmente as casas não correram riscos, porque os bombeiros estavam lá a protegê-las", acrescentou.
Os bombeiros já conseguiram controlar uma das frentes, prevendo o comandante que as outras duas também o fiquem "dentro de três a quatro horas".
Os 123 bombeiros que estão no terreno contam com a ajuda do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, da Força Especial de Bombeiros, dos Sapadores Florestais e do Grupo de Análise e Uso de Fogo, num total de 186 operacionais.
No local estão ainda 44 veículos e um helicóptero bombardeiro.
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