PS/Gaia quer cortar derrama até 50% e reduzir fatura da água a empresas

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Nova de Gaia, 31 jul (Lusa) - O candidato do PS à Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, disse hoje que quer reduzir o preço da água para as empresas e cortar até 50% na derrama, "no caso da criação líquida de postos de trabalho".

As propostas visam atrair investimento para o município e, desse modo criar emprego, nomeadamente na orla ribeirinha entre foz do rio Douro e "pelo menos até à Ponte D. Maria.

O candidato socialista considera que essa frente fluvial "é suficientemente atrativa para um conjunto de investimentos geradores de emprego no turismo, hotelaria e atividades culturais" e tem "muito espaço" para tal.

Eduardo Vítor Rodrigues falava à agência Lusa durante a tarde de hoje, após se ter encontrado com a administração da Douro Marina, um equipamento que foi inaugurado em fevereiro do ano passado e que o candidato considera ser "uma herança claramente positiva" do presidente da autarquia local e agora candidato à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes (PSD).

O socialista considera que "há dois ou três instrumentos" que se podem criar e usar a favor da atividade económica concelhia, tendo mencionado em primeiro lugar o preço que as empresas locais pagam pela água.

O que Eduardo Vítor propõe é "uma isenção parcial da taxa de resíduos sólidos na fatura da água, porque é um fator de competitividade cada vez mais importante".

Gaia tem água mais cara da Área Metropolitana do Porto e o candidato do PS considera que isso é um "fator de competitividade", entre outros.

Realçou, a propósito, que a empresa do ramo automóvel "Yazaki Saltano saiu de Gaia e foi para Ovar e a Volvo foi para Lavra", em Matosinhos.

"Em Gaia, nos últimos 16 anos, a derrama foi sempre aplicada na taxa máxima. Em Matosinhos, na Maia ou no Porto a derrama não é aplicada na taxa máxima", salientou.

O preço da água e a derrama são alguns dos fatores que pesam na hora de escolher o local onde fazer um investimento, observou Eduardo Vítor Rodrigues.

Outra medida de ordem económica dirige-se às micro e pequenas empresas e passa por "extinguir todas as taxas de publicidade que não ocupe a via pública".

O candidato relaciona estas medidas com a "necessidade de emagrecer um pouco a Câmara", tendo reafirmado que, se for eleito presidente da Câmara, extinguirá a empresa municipal Gaianima, "o que significa uma poupança de oito milhões de euros por ano".

Eduardo Vítor Rodrigues, pretende também "acabar com algumas atividades que, em Gaia, são supérfluas", como por exemplo "a corrida dos karts".

Em contrapartida, preconiza "uma postura mais ativa" no relacionamento da autarquia com a Douro Marina e outras empresas na dinamização de uma "espécie de programação cultural e desportiva ao longo de todo o ano".

A Douro Marinha ganhou a "concessão para explorar por 30 anos esta marina" e os seus responsáveis disseram a Eduardo Vítor que já criaram "mais de 30 postos de trabalho".

O candidato, por seu lado, expôs aos responsáveis por aquela empresa as suas propostas no que toca a "instrumentos de apoio à atividade económica e ao emprego", que, sendo presidente, pretende "começar a criar partir de outubro".

Além de Eduardo Vítor Rodrigues, estão na corrida eleitoral para a Câmara de Gaia o social-democrata Carlos Abreu Amorim, os independentes José Guilherme Aguiar e Manuel Vieira Machado, Jorge Sarabando, pela CDU, e Eduardo Pereira, pelo Bloco de Esquerda.

AYM // JGJ

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