Portugal é parceiro estratégico para a Guiné Equatorial, diz embaixador

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 31 jul (Lusa) - O primeiro embaixador da Guiné Equatorial em território português afirmou hoje que os dois países estão unidos por "laços históricos" e "vínculos de irmandade", salientando que Portugal é um "parceiro estratégico" para o seu país "entrar" na Europa.

Em declarações à agência Lusa à margem de uma visita à Reitoria da Universidade do Porto, José Dougan Chubum apontou que a ligação histórica entre a Guiné Equatorial e Portugal é "um argumento bastante forte" para que o país adira à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Desde 2006 que a Guiné Equatorial tem o estatuto de país observador da CPLP mas o processo de adesão tem sido adiado, devendo voltar a ser discutido na próxima cimeira da organização lusófona, em Díli, capital de Timor-Leste, em 2014.

"A entrada para a CPLP é de grande importância para o meu país. A CPLP é uma porta para a Europa. Vivemos num mundo globalizado onde queremos e precisamos de alianças e a aliança aos países da CPLP é algo que desejamos", disse.

O diplomata salientou que Portugal é, neste contexto, "um parceiro estratégico" para a Guiné Equatorial "quer na adesão à CPLP, quer para a entrada na Europa mas também para a união aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)".

Chubum salientou que a ligação entre os dois países "pesam como um argumento forte" no apoio que Portugal tem dado à entrada do país africado na CPLP.

"Unem os dois países laços históricos, culturais e sociais. Mas também vínculos de irmandade. Além disso a Guiné está rodeada de muitos países de língua portuguesa, como S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, que têm contribuído muito para a rede social e cultural do meu país", referiu.

Segundo José Dougan Chubum a, a entrada do país para a CPLP "é também um meio da Europa entrar em África através de um país emergente, como é o caso da Guiné Equatorial".

Por isso, disse, "há interesses bilaterais" relacionados com a adesão às comunidades de língua portuguesa.

"É benéfico para Portugal, para a Guiné e para todos os países membros da CPLP e da União Europeia, à qual pertence Portugal", finalizou.

A CPLP integra oito Estados cuja língua oficial é o português: República de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo Verde, a República da Guiné-Bissau, a República de Moçambique, a República Portuguesa, a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República Democrática de Timor-Leste.

Em 2006 a Guiné Equatorial e as Maurícias foram admitidas como "observadores associados" e em 2008 o mesmo estatuto foi reconhecido ao Senegal.

JYCR // APN

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