Rui Moreira gostava que Rio pedisse o voto na sua candidatura ao Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 31 jul (Lusa) -- O candidato independente à Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou hoje "não contar" com um apelo do atual presidente, Rui Rio (PSD), ao voto na sua candidatura, embora admitisse que tal o deixaria "muito satisfeito".

"Não sou hipócrita e se há um cidadão tão importante como o Dr. Rui Rio que se revê numa candidatura como a nossa, não disse que me apoiava como candidato, mas que se revia nos princípios da candidatura, [isso] é muito importante", disse na sede de campanha, em dia de receber e ouvir as preocupações dos eleitores.

O candidato independente realçou que "é ótimo" perceber que o atual presidente da Câmara do Porto partilha preocupações de "outros candidatos", "é ótimo" que fale "claramente" sobre essa matéria e "é ótimo" que diga que está preocupado com as propostas de outros candidatos porque "não é um cidadão qualquer".

Em entrevista terça-feira à RTP1, Rui Rio criticou o candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, porque, considerou, vai "destruir tudo" na cidade.

"Se apoiasse Luís Filipe Menezes, era hipócrita. Se não dissesse nada, era oportunista. Todos os dias faz promessas e promessas e promessas (...). Tenho a obrigação ética de me demarcar muito claramente do candidato que vai destruir tudo o que foi feito. Isto descredibiliza os partidos", lamentou o autarca social-democrata durante a entrevista televisiva.

O movimento de cidadãos que deu início a esta candidatura, frisou Rui Moreira, teve na sua base uma "grande preocupação" quanto às propostas que estavam a ser feitas e com o "descaminho" que era prometido para a cidade do Porto.

Afirmando não ser comentador para reagir às críticas de Rui Rio à candidatura do PSD à Câmara do Porto, Rui Moreira lembrou que o projeto de "faz de conta" de Luís Filipe Menezes não é o seu projeto.

"Vamos manter as boas contas e fazer da coesão social os pilares da nossa candidatura", avançou.

Rui Moreira lembrou que o candidato do PSD à autarquia portuense "fez mal as contas" ao afirmar que oferecer livros escolares a todos os alunos do ensino obrigatório da cidade custaria "apenas" 400 mil euros, valor "manifestamente falso".

O custo dos livros, segundo o candidato independente, ronda os 11,2 milhões de euros, não estando neste valor quantificado os cadernos de exercícios e outro material escolar obrigatório.

A proposta de Rui Moreira para esta área é dotar as bibliotecas escolares de manuais que possam ser emprestados aos alunos carenciados e os devolvam no final do ano letivo.

Com esta medida, considerou, "resolvemos o problema das famílias carenciadas".

Quanto à abertura de uma instituição financeira de Fomento no Porto, Rui Moreira classificou como uma "boa notícia", desde que, seja um centro de decisão e "não apenas um escritório aberto com uma placa na parede e três funcionários".

Para além de Rui Moreira, estão na corrida às eleições autárquicas Luís Filipe Menezes (PSD), Manuel Pizarro (PS), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), Nuno Cardoso (independente) e José Manuel Costa Pereira (Partido Trabalhista Português).

SYF // JGJ

Lusa/Fim

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