PCP de Lamego reclama esclarecimentos sobre futuro do pavilhão multiusos

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Porto Canal / Agências

Lamego, Viseu, 30 dez (Lusa) - O PCP de Lamego reclamou hoje esclarecimentos ao executivo municipal sobre o futuro do pavilhão multiúsos e questionou o seu "prolongamento absurdo", que "rouba protagonismo ao escadório" de acesso à Nossa Senhora dos Remédios.

"Reclamamos com muita intensidade informação clara sobre o Pavilhão Multiusos: queremos saber quanto se gastou neste projeto que se arrasta há sete anos, quanto é que é preciso gastar para que se torne funcional ou se a construção tem garantias de estabilidade física", disse José Pessoa.

De acordo com o responsável da Comissão Concelhia de Lamego do PCP, é ainda necessário esclarecer quanto custa ao município a manutenção deste equipamento ou até "quanto poderá custar a sua demolição e retirada dos seus destroços, visto que é uma das hipóteses".

"Queremos um diagnóstico a esta situação extraordinária, que se arrasta há sete anos, e que compromete a Câmara de Lamego em muitos e muitos anos, com o pagamento de verbas incalculáveis", acrescentou.

José Pessoa recordou que o projeto de construção do Pavilhão Multiusos, há sete anos, estava orçado em 14 milhões de euros.

"Nesta altura, sabemos que já ultrapassámos três vezes esse valor. Este processo está envolto de uma série de ilícitos, tal como demonstra o despacho de 2012 do Tribunal de Contas, que refere que se uma quantidade de ilícitos não tivesse sido praticada, por este e pelo anterior executivo, teria permitido à autarquia poupar muito dinheiro", sustentou.

O terreno onde foi construído o equipamento "também não foi o mais apropriado", tendo "trazido problemas terríveis, com as fundações a enterrarem-se".

"Como se não bastasse, ainda houve mais coisas a atrasar o processo, como foi o caso do telhado, que teve de ser refeito. E, passados sete anos, continua a haver uma série de problemas no interior deste equipamento", evidenciou.

O responsável da Comissão Concelhia de Lamego do PCP criticou ainda "o prolongamento absurdo em forma de curva" deste equipamento, que na sua opinião "entra claramente dentro da zona de proteção de um imóvel classificado, como é o escadório".

"Rouba protagonismo a uma estrutura histórica e religiosa. É preciso apurar as responsabilidades políticas e criminais deste tipo de atitudes que comprometeram o futuro da Câmara de Lamego", considerou.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, lamentou que se recorra "à mentira e ao disparate para justificar argumentos que não existem".

"O Pavilhão Multiusos foi construído com um custo global, fixo e irreversível, de 14 milhões de euros. É falso que a Câmara de Lamego tenha pago mais um euro, pois as obras de reparação foram asseguradas pelo construtor", esclareceu.

O autarca referiu ainda que o Pavilhão Multiusos teve um problema no âmbito da sua cobertura, que obrigou a que fosse substituída e que, consequentemente, fossem feitas reparações.

"Esperamos que este equipamento entre em serviço ainda durante o mês de janeiro [de 2015]", avançou.

Sobre a questão arquitetónica do edifício, Francisco Lopes defende que esta deve ser "discutida com arquitetos e não com amadores".

"A opção do arquiteto passou por fechar as frentes urbanas da avenida, para que se tivesse coerência e não a cratera anterior. Para se falar sobre o assunto, é preciso perceber a função de cada elemento", concluiu.

CMM // SSS

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