Ativista tunisina do grupo Femen ilibada de acusações de difamação e desacatos

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Porto Canal / Agências

Tunes, 29 jul (Lusa) - A justiça tunisina decidiu hoje arquivar o processo por difamação e desacatos contra a ativista do grupo Femen Amina Sboui, mas a jovem tunisina vai continuar detida por acusações de posse ilegal de spray e profanação de cemitério.

"O tribunal decidiu arquivar o caso contra Amina. É uma vitória, a justiça começou a compreender que ela foi acusada injustamente", disse o seu advogado, Ghazi Mrabet.

O advogado lembrou que a ativista enfrenta ainda acusações de posse ilegal de um spray de gás pimenta, incorrendo numa pena de prisão entre seis meses e cinco anos, e de profanação de cemitério e atentado à moral, que lhe pode valer uma pena de até dois anos de prisão se for considerada culpada.

A acusação por difamação e desacatos veio juntar-se às outras duas quando a jovem já estava a ser julgada e acusou os guardas prisionais de torturarem os reclusos na prisão onde se encontrava detida.

Na sequência de uma queixa apresentada pelos guardas da prisão, Amina foi acusada a 22 de julho pelo tribunal de M'saken (a 150 quilómetros de Tunes), acusação agora arquivada.

Amina Sboui, também conhecida por Amina Tyler, está detida desde maio depois de ter escrito a palavra "Femen" no muro de um cemitério na cidade de Kairouan em protesto pelo congresso anual que os salafistas tunisinos pretendiam fazer naquela cidade e que acabou por ser proibido pelo Governo.

Posteriormente, foi acusada de posse ilegal de um spray de defesa pessoal.

"Estou contente com esta decisão, recuperei a confiança na justiça", disse a mãe de Amina, citada pela agência France Presse.

A defesa tinha pedido a anulação das acusações, alegando "falhas processuais graves" no que considera ter sido "um caso fabricado" na sequência de revelações feitas por Amina sobre casos de tortura e maus tratos a reclusos.

A jovem irá continuar detida a aguardar que a justiça se pronuncie sobre as restantes acusações.

Amina chocou a Tunísia em março ao publicar fotos em "topless" na Internet.

A organização feminista Femen, fundada na Ucrânia e atualmente baseada em Paris, realiza há vários anos ações de protesto em que as ativistas mostram os seios para denunciar a discriminação das mulheres.

CFF // VM

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