Misericórdia do Fundão diz que devolução do hospital pode inverter esvaziamento

| Norte
Porto Canal / Agências

Fundão, Castelo Branco, 17 dez (Lusa) -- A Misericórdia do Fundão considerou hoje que a devolução da gestão do hospital da cidade àquela entidade é uma "oportunidade para inverter o processo de esvaziamento de serviços".

"A Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF) vê nesta devolução a oportunidade para inverter o processo de esvaziamento de serviços de que o Hospital do Fundão tem sido objeto nos últimos anos e para dotar esta unidade hospitalar de um conjunto de serviços e valências que respondam às necessidades efetivas das populações do concelho e demais concelhos da Cova da Beira", é referido, numa nota enviada hoje à agência Lusa e assinada pelo provedor da instituição, Jorge Gaspar.

Na nota, o provedor lembrou que a SCMF "demonstrou desde o primeiro momento disponibilidade para receber o hospital", que integra atualmente o Centro Hospitalar da Cova da Beira.

Jorge Gaspar acrescentou que tal também "depende da concretização, com êxito, do processo negocial que em breve se iniciará".

O responsável sublinhou que no referido processo terão de ser contempladas um conjunto de condições, designadamente as previstas no protocolo tripartido recentemente estabelecido entre esta entidade, a Câmara Municipal do Fundão e o Centro Hospitalar da Cova da Beira e que tem como objetivo a criação de um conjunto de valências, entre as quais a Unidade de Medicina Nuclear do Fundão.

"Para a SCMF, é condição para a aceitação da devolução que a unidade hospitalar seja capacitada com a generalidade das valências previstas no protocolo (...) que aguarda, há vários meses, a assinatura da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC)", especifica, considerando, todavia, que esta também pode ser uma oportunidade para "agilizar o projeto de capacitação e requalificação" do hospital.

No documento é igualmente ressalvado que "o hospital continuará integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS)" e que da devolução não resultará "qualquer alteração ou desvantagem para os seus utentes".

Além disso, a instituição também garante que continuará "aposta numa lógica de parceria e complementaridade com o Hospital Pêro da Covilhã e com a Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior".

A intenção do Governo de devolver o hospital local à SCMF foi conhecida e formalizada na terça-feira no âmbito da assinatura, em Lisboa, do Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário e baseia-se no decreto-lei de outubro de 2013, que estabeleceu a possibilidade de os hospitais das misericórdias que foram integrados no setor público pudessem ser devolvidos às instituições de origem, mediante a celebração de um acordo de cooperação com um prazo de 10 anos.

O processo de devolução arrancou com os hospitais de Fafe, Anadia e Serpa, a 14 de novembro, e contará agora com uma segunda fase que integra os hospitais de São João da Madeira, Santo Tirso e Fundão, que agora iniciarão, caso a caso, um processo negocial para estabelecer as condições em que a devolução ocorrerá.

O decreto-lei que prevê as devoluções aponta que os acordos devam ser precedidos de um estudo que demonstre que os encargos globais do SNS diminuem, em pelo menos, 25%.

CYC (SV/HN) // SSS

Lusa/fim

+ notícias: Norte

Condutor foge após despiste aparatoso em Famalicão

Um veículo ligeiro despistou-se na madrugada desta quinta-feira na Avenida S. Silvestre, na freguesia de Requião, no município de Vila Nova de Famalicão, comunicou os Bombeiros Voluntários daquela região do distrito de Braga.

Criança de nove anos atropelada em Vila Nova de Famalicão

Uma criança de nove anos foi atropelada na manhã desta quinta-feira, e ficou gravemente ferida, em Vale S. Martinho, no concelho de Vila Nova de Famalicão, confirmou ao Porto Canal fonte do Comando Sub-Regional do Ave, em Fafe.

Assaltada base da ambulância de emergência do INEM na Maia

A base da ambulância de emergência médica da Maia do INEM foi assaltada esta quinta-feira, tendo sido roubados um computador e peças de fardamento do instituto, disse à Lusa fonte o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).