Lucro da Galp cai 9,3% no primeiro semestre
Porto Canal / Agências
Lisboa, 29 jul (Lusa) - O lucro da Galp caiu 9,3% no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado, atingindo os 162 milhões de euros, devido ao início da amortização de investimento, anunciou hoje a empresa.
Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa adianta que, em termos trimestrais, a Galp registou um resultado líquido ajustado de 86 milhões de euros, o que representa uma descida de 42 milhões face ao mesmo período do ano passado.
O resultado líquido ajustado (RCA - Replacemente Cost Adjusted) exclui o efeito stock e eventos não recorrentes e é considerado como o indicador que melhor descreve o desempenho da empresa.
Esta queda foi, segundo a petrolífera, causada pelo "aumento das amortizações e depreciações, devido ao início da depreciação do complexo de hydrocracking [processo em de transformação de hidrocarbonetos de petróleo em gasolina], e da diminuição dos resultados financeiros".
Nos seis primeiros meses do ano, a petrolífera registou um aumento da produção 'net entitlement', ou seja, aquela a que a Galp Energia tem de facto direito, de 12%, tendo o Brasil representado 58% desta produção.
Segundo adianta a empresa, o valor médio do "dated Brent"
no primeiro semestre foi de 107,5 dólares por barril, menos 5% que no período homólogo de 2012.
Neste período, explica a Galp, a cotação foi influenciada pela instabilidade política em alguns países produtores de petróleo e pelo embargo dos Estados Unidos e da Europa ao crude iraniano.
De acordo com a informação da Galp, o volume no mercado de produtos petrolíferos no mercado ibérico registou uma descida de 6% no segundo trimestre devido, sobretudo, à evolução negativa do mercado espanhol, que contraiu 6%, sendo que, em Portugal, o mercado desceu quatro por cento.
Apesar da queda, a descida do mercado de produtos petrolíferos registou um abrandamento face à variação anual registada no primeiro trimestre deste ano, salienta a empresa.
Também o mercado de gás natural na Península Ibérica contraiu 5% no período entre março e junho, devido à diminuição do consumo do segmento elétrico em 44%, causada pelo aumento da produção hídrica de eletricidade.
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