Phnom Penh, 29 jul (Lusa) -- A oposição no Camboja anunciou hoje que rejeita os resultados das eleições legislativas de domingo, indicando que a vitória do primeiro-ministro Hun Sen, no poder desde 1985, foi marcada por fraudes.

"O Partido para o Resgate Nacional do Camboja não pode aceitar os resultados (...) porque detetou um grande número de irregularidades graves", afirmou em comunicado.

Grupos de direitos humanos expressaram preocupação de que a tinta usada para marcar os polegares dos eleitores para garantir que não podiam votar mais de uma vez podia ser facilmente lavada.

"É muito difícil proclamar esta eleição como livre e justa", disse à AFP, no domingo, Kol Preap, diretor executivo da 'Transparency International Cambodia'.

A comissão eleitoral do Camboja negou a ocorrência de irregularidades.

O Partido do Povo do Camboja, atualmente no poder, anunciou no final do dia de domingo ter ganho, com maioria absoluta, as eleições legislativas, estimando ter ganho 68 dos 123 assentos da câmara baixa do Parlamento.

O Partido para o Resgate Nacional do Camboja, uma coligação formada pelo Partido Sam Rainsy e o Partido dos Direitos Humanos, elegeu os restantes 55 deputados, ainda assim melhor que os 29 que conseguiu nas eleições anteriores.

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