Obama adverte que tensão racial pode ser aumentada pela desigualdade económica

| Mundo
Porto Canal / Agências

Washington, 28 jul (Lusa) -- O Presidente norte-americano, Barack Obama, defendeu, em entrevista ao diário The New York Times, publicada este sábado, que a tensão racial nos Estados Unidos não diminuirá se se mantiver a desigualdade económica no país.

"As tensões raciais não vão melhorar; poderão até agravar-se, porque as pessoas vão sentir que têm que competir com algum outro grupo pelas sobras de uma panela cada vez mais pequena", afirmou Obama, na entrevista em que realçou a sua mensagem sobre a desigualdade económica no país.

O Presidente norte-americano considerou que a igualdade de oportunidades tem vindo a sofrer uma erosão nos "últimos 20, 30 anos, muito antes da crise".

"Se não fizermos nada, então o crescimento será mais lento do aquilo que deveria, o desemprego não baixará tão rápido como deveria e a desigualdade em termos de rendimentos continuará em alta (...) Esse não é o futuro que devemos aceitar", afirmou.

Pouco depois dos protestos motivados pela absolvição, por legítima defesa, do autor da morte do jovem negro Trayvon Martin, Obama defendeu que os problemas raciais dos Estados Unidos não se resolverão até que os políticos em Washington lidem com os medos de muitos de que a estabilidade financeira seja inalcançável.

"Se a economia estiver a crescer, (...) toda a gente vai sentir que seguimos na mesma direção", apontou.

O ex-segurança voluntário de um bairro do estado norte-americano da Florida George Zimmerman, de 29 anos, foi declarado inocente, em meados deste mês, da morte do adolescente negro Trayvon Martin, em 2012.

George Zimmerman disse em tribunal que alvejou Martin no peito por temer pela sua vida, mas o jovem não estava armado na altura, não havendo também testemunhas do ocorrido.

O caso chocou os Estados Unidos e reacendeu o debate sobre a desigualdade racial, com a acusação de Zimmerman, de origem hispânica, a alegar que o crime derivou do preconceito.

Este caso deu origem a várias manifestações de movimentos civis nos Estados Unidos.

DM (PCR) // DM.

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.