PSD e CDS aguardam "com serenidade" decisão judicial sobre candidatos

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 28 jul (Lusa) -- PSD e CDS-PP dizem aguardar "com serenidade" a decisão dos tribunais sobre as candidaturas de Fernando Seara e Luís Filipe Menezes, com os sociais-democratas a garantir que não têm um "plano alternativo" para Lisboa e Porto.

O Movimento Revolução Branca (MRB) interpôs ações populares contra as candidaturas do presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, a Lisboa, e do líder do município de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, no Porto, estando ambas as candidaturas a aguardar decisão dos tribunais.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do PSD, José de Matos Rosa, afirmou que o partido está "profundamente convicto" de que a sua interpretação da lei "é a correta".

"Aguardamos com serenidade as decisões dos tribunais. Confiamos na doutrina constitucional vigente e, por isso, estamos seguros nas nossas opções", disse o dirigente social-democrata.

O responsável assegurou que o PSD não tem "plano B nem qualquer plano alternativo" quanto às candidaturas às duas principais câmaras do país.

"Temos a absoluta confiança em relação à validade jurídica e política da nossa opção", sublinhou.

Quanto ao CDS-PP, que em Lisboa apoia a candidatura de Seara, o coordenador autárquico também assegurou que o partido "não se sobrepõe aos tribunais" e aguarda "com serenidade o desfecho" dos processos.

A polémica, considerou Domingos Doutel, "não tem efeito algum sobre o eleitorado" e não fragiliza a candidatura de Fernando Seara.

A lei, que foi aprovada pelo PSD e PS, "vai contribuir para haver uma possibilidade de renovação de candidatos e de candidaturas", defendeu.

Já o PS faz um entendimento diferente da lei e, por isso, não repetiu candidaturas de autarcas com três ou mais mandatos, admitindo que tal possa trazer prejuízos eleitorais.

"A coerência e o respeito que levaram a que o legislador impedisse mais que três mandatos justificam esses custos políticos", afirmou à Lusa o coordenador autárquico socialista, Rui Solheiro.

O PS, acrescentou, "entendeu que deve respeitar o espírito da lei, de renovação da classe política".

Já a CDU, pela voz do membro do Comité Central do PCP Jorge Cordeiro, considerou que o Movimento Revolução Branca lançou "campanhas absolutamente demagógicas, algumas no limite de conceções democráticas, perigosamente dirigidas a aspetos essenciais da nossa democracia", com a ideia de que "cada autarca é um criminoso".

Os comunistas e "Os Verdes", que concorrem em coligação às eleições autárquicas de 29 de setembro, vão renovar metade dos seus atuais 28 presidentes de câmara.

Já o Bloco de Esquerda (BE) reiterou que vai impugnar as candidaturas dos chamados "dinossauros" autárquicos em todos os concelhos onde vai concorrer.

"Vai caber ao Tribunal Constitucional fazer uma interpretação clara da lei", disse o coordenador autárquico dos bloquistas, Pedro Soares, defendendo que "fazia muito bem aos candidatos terem um período de descanso".

Para o BE, "é inadvertido que alguns insistam até à última" na candidatura de autarcas em situação de limite de mandatos.

JH // JLG

Lusa/fim

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