Estudo diz que 'Jihadistas' mataram mais de 5.000 pessoas em vários países em Novembro
Porto Canal
Os ataques de 'jihadistas' em várias partes do mundo mataram 5.042 pessoas em novembro, mostrando que o extremismo islâmico está "mais forte do que nunca" apesar do declínio da Al-Qaida, segundo um estudo publicado hoje.
Em novembro, registaram-se 664 ataques em 14 países, segundo o relatório conjunto do Serviço Mundial da BBC e do Centro Internacional para o Estudo da Radicalização (International Center for the Study of Radicalisation, ICSR) da universidade britânica King's College London.
Na investigação, concluiu-se que os 'jihadistas' do grupo extremista Estado Islâmico, presentes no Iraque e na Síria, foram responsáveis por cerca de metade da violência, com 308 ataques que fizeram 2.206 mortos.
"Os dados tornam claro que os 'jihadistas' e a Al-Qaida já não são o mesmo", lê-se no estudo.
Mais de metade (60%) da violência foi responsabilidade de grupos sem nenhuma ligação formal à Al-Qaida, o que os investigadores afirmaram indiciar "um movimento crescentemente ambicioso, complexo, sofisticado e abrangente".
"Parece claro que o movimento 'jihadista' (está) mais forte que nunca e que combatê-lo será um desafio geracional", afirmam os autores do estudo.
O país mais afetado pela violência 'jihadista' foi o Iraque -- com um terço do total das mortes de novembro -, seguido da Nigéria, Afeganistão e Síria.
O estudo hoje divulgado é o primeiro do género, não podendo ser comparado com estudos anteriores.