Vila Nova de Gaia, 28 jul (Lusa) - O candidato do PS à Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defendeu, na sexta-feira à noite, que tem o "único projeto capaz de manter Gaia na primeira divisão política, social e ética do nosso país".

"Queremos fazer de Gaia um concelho de referência, com visibilidade e com imagem a nível nacional mas, ao mesmo tempo, fazer de Gaia um município onde prevalece a ética, o bem-fazer e a qualidade da democracia e da intervenção pública", acrescentou.

Eduardo Vítor, um professor universitário de Sociologia que presidiu a uma junta de freguesia durante oito anos e é vereador, mas sem pelouro, da Câmara local, falava na apresentação pública do candidato socialista à Assembleia Municipal de Gaia, Albino Almeida, anterior presidente da Confederação das Associações de Pais (CONFAP).

Na cerimónia, Eduardo Vítor teceu fortes críticas ao candidato social-democrata, Carlos Abreu Amorim, que o atacou duramente numa recente entrevista.

O candidato socialista acusou Amorim de um "ultra radicalismo, que já tinha experimentado quando andava a passear pelos partidos da direita e da extrema-direita".

Criticou também, mas sem nomear, aqueles candidatos que se dizem independentes apenas porque "de um dia para o outro" rasgam os seus cartões partidários.

Eduardo Vítor propõe para Gaia "um projeto que se afirme por uma lógica de grande proximidade", inaugurando um novo ciclo após os 16 anos de Luís Filipe Menezes como presidente da autarquia local.

O candidato apelou à mobilização socialista para fazer passar a mensagem de que o partido tem "um projeto alternativo, uma dinâmica nova, menos populista e muito virada para as pessoas e para a resolução dos seus problemas".

Eduardo Vítor assumiu que colaborou com Menezes a vários níveis, alegando que "tinha suficiente credibilidade e força para fazer um trabalho construtivo".

"Algumas das coisas interessantes que se aprovaram nos últimos três anos e meio foram, de facto, propostas minhas. Provavelmente, teria ganhado mais notoriedade se tivesse feito o trabalho do caceteiro, mas não é esse o meu perfil e acho que os gaienses, no dia 29, vão valorizar isso", disse à agência Lusa.

Questionado sobre as suas prioridades para a Câmara, o candidato do PS diz que, "em primeiro lugar", se justifica "fazer um emagrecimento da Câmara Municipal, que passa pela extinção, para já, de uma empresa municipal, a Gaianima", que desenvolve, entre outras, atividades desportivas, culturais e de lazer".

Preconiza também "uma amputação generalizada daquilo que são as assessorias e os 'boys' que existem na câmara municipal".

Com esse emagrecimento, acredita que vai poder "dar aos gaienses uma situação mais cómoda do ponto de vista daquilo que é o impacto fiscal" a que hoje estão sujeitos.

A apresentação da candidatura de Albino Almeida contou com a presença de João Soares, antigo deputado europeu e presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 1995 a 2002.

"Encontrei aqui em Gaia talvez a melhor dupla que já vi em todo o país", disse João Soares, referindo-se a Eduardo Vítor e a Albino Almeida.

"Este é o caminho para uma vitória que vai dar ao país aquilo de que precisamos: Um sinal claro de protesto contra o que tem sido o desgoverno da direita e o sinal claro de que a esquerda precisa, com o PS forte e unido coeso, capaz de transformar rapidamente António José Seguro no primeiro-ministro de que Portugal precisa", sustentou.

Além de Eduardo Vítor e de Carlos Abreu Amorim, também estão na corrida à Câmara de Gaia o independente José Guilherme Aguiar, Jorge Sarabando, pela CDU, e Eduardo Pereira, pelo Bloco de Esquerda.

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