Portugal condena atentado que matou Brahmi na Tunísia
Porto Canal / Agências
Lisboa, 27 jul (Lusa) - O Governo português condenou hoje o atentado que, na quinta-feira, matou o deputado da oposição tunisino Mohamed Al Brahmi, manifestando a sua convicção na "solidez" do processo de transição política democrática na Tunísia.
"Portugal condena firmemente o assassinato de Mohamed Brahmi, deputado da Frente Popular", ocorrido em Tunes, "e expressa as suas condolências aos seus familiares. Este ato deverá ser prontamente investigado e os seus responsáveis punidos", lê-se numa nota de imprensa do gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O documento acrescenta que "Portugal condena toda a violência política, e acompanha com preocupação a evolução da situação, esperando que prevaleça o diálogo, a moderação e a serenidade entre as forças políticas e a sociedade civil da Tunísia".
E conclui: "Neste momento, reiteramos o nosso apoio ao Governo, instituições e povo tunisino e a nossa convicção na solidez do processo de transição política democrática".
Uma das principais figuras da oposição de esquerda nacionalista, o deputado Mohamed Brahmi foi assassinado na quinta-feira a tiro frente à sua casa perto de Tunes, anunciaram os 'media' oficiais e responsáveis do seu partido.
"Mohamed Brahmi, coordenador geral do Movimento Popular e membro da assembleia nacional constituinte foi assassinado por vários disparos de balas frente à sua casa na região de Ariana", indicou a televisão nacional Watanya e a agência oficial TAP. A Watanya precisou que Brahmi foi abatido por 11 balas disparadas por desconhecidos.
As Nações Unidas e a União Europeia já condenaram o atentado, que desencadeou uma série de manifestações ainda durante quinta-feira e motivou a marcação de uma greve geral para sexta-feira.
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