Pelo menos 19 mortos em confrontos entre apoiantes e oponentes de Morsi
Porto Canal / Agências
Cairo, 27 jul (Lusa) -- Confrontos entre partidários e opositores do Presidente egípcio deposto, Mohamed Morsi, que se prolongaram pela madrugada, causaram pelo menos 19 mortos e mais de 700 feridos em todo o país, palco de manifestações massivas, noticia a agência Xinhua.
A agência oficial chinesa não especifica, contudo, onde ocorreram as mortes, apesar de Alexandria figurar como um dos palcos mais violentos, com pelo menos cinco mortos e mais de uma centena de feridos, a maioria dos quais com ferimentos de balas, das manifestações pró e anti-Morsi que levaram às ruas em todo o país milhares de pessoas.
Segundo a agência oficial MENA, a polícia egípcia deteve 53 apoiantes de Morsi que tinham em seu poder nomeadamente armas e 'cocktails Molotov'.
O ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, afirmou, esta noite, que os acampamentos dos apoiantes de Morsi no Cairo "vão acabar muito rapidamente, de acordo com a lei", de acordo com o portal do diário Al Ahram. O jornal reproduz declarações feitas por Ibrahim ao canal Al Hayat 2, em que explica que as autoridades receberam queixas dos vizinhos das praças onde estão acampados os islamitas.
Ibrahim destacou que os protestos decorreram dentro da normalidade em todas as províncias, à exceção de Alexandria, onde, realçou, a Irmandade Muçulmana, grupo a que pertenceu Morsi até chegar à presidência, disparou contra as forças de segurança.
O ministro acrescentou que, no Cairo, apoiantes de Morsi tentaram bloquear a ponte 06 de outubro, umas das principais da cidade, mas foram impedidos pelas autoridades.
O centro da capital foi ocupado por uma multidão de dezenas de milhares de pessoas que saíram para as ruas em resposta ao apelo do chefe do Exército, o general Abdel Fattah al-Sisi, em que os cidadãos se manifestaram para apoiar as forças de ordem na sua luta contra a violência e terrorismo.
Os simpatizantes do exército manifestavam-se na praça Tahrir e junto ao Palácio Presidencial, no bairro de Héliopolis (leste), os seguidores de Morsi protestavam também aos milhares noutras praças da capital.
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