Portugal deve provar que medidas para reduzir défice são efectivas - Presidente do Eurogrupo

| Economia
Porto Canal / Agências

Bruxelas, 08 dez (Lusa) - O presidente do Eurogrupo disse hoje, em Bruxelas, que o Governo português deve provar perante a Comissão Europeia que são "efetivas" as medidas que diz que está a tomar para reduzir o défice orçamental para menos de 3% do PIB em 2015.

"Falamos de 'medidas efetivas', porque Portugal defendeu que já apresentou uma série de medidas no orçamento, uma série de reformas e vão continuar as conversações com a Comissão para provar que essas medidas serão efetivas", disse Jeoren Dijsselbloem, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião da manhã dos ministros das Finanças, em que foram analisados os pareceres da Comissão Europeia sobre os orçamentos dos Estados-membros para o próximo ano.

Jeoren Dijsselbloem afirmou que, para Portugal, tal como para todos os sete países em risco de incumprimento das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (Bélgica, Espanha, França, Itália, Malta, Áustria e Portugal), os ministros concordaram com a avaliação da Comissão Europeia e que debateram as medidas a serem tomadas e a sua efetividade.

No caso de Portugal, segundo o comunicado divulgado após o Eurogrupo, os ministros das Finanças da zona euro concordaram com a avaliação de Bruxelas de que Portugal apresenta "risco de incumprimento", a confirmar-se a previsão da Comissão de um défice de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, acima dos 2,7% de défice que o Governo prevê no Orçamento do Estado do próximo ano.

Segundo Dijsselbloem, se as medidas que o Governo refere forem de facto executadas, então Portugal irá cumprir as recomendações. Dessa forma, o país sai do procedimento por défice excessivo em 2015 (quando é ultrapassado o limite de défice de 3% do PIB).

Portugal está representado na reunião do Eurogrupo de hoje pela ministra Maria Luís Albuquerque, que falará à imprensa no final da segunda reunião, que decorre à tarde.

Até agora, o Governo tem reafirmado a sua convicção de que as suas próprias previsões, de um défice de 2,7% em 2015, são "realistas", assumindo uma divergência de previsões com a Comissão, muito mais pessimistas.

IM/ACC // JLG

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