CDU/Braga quer "inversão de prioridades" na gestão municipal
Porto Canal / Agências
Braga, 26 jul (Lusa) - O candidato da CDU à Câmara Municipal de Braga, Carlos Almeida, afirmou ser "indispensável" uma "inversão de prioridades" na gestão municipal e quer "promover" uma "verdadeira política participativa".
Hoje, em declarações à agência Lusa, o cabeça-de-lista pela CDU definiu também como "objetivo" mudar a "postura de se fazer política" em Braga acusando o atual executivo da autarquia de "alinhar" com interesses particulares e de "não ter estratégia" para o município.
Carlos Almeida apontou como principais preocupações, após "semanas de visitas" a instituições do concelho, o desemprego e a falta de rendimentos, atribuindo responsabilidades à autarquia mas "principalmente" ao Governo.
"O mais urgente e indispensável é, desde já, inverter as prioridades que têm orientado as decisões da Câmara Municipal porque a orientação que tem sido seguida está descentrada do que as populações verdadeiramente necessitam", afirmou.
Segundo Carlos Almeida, "a população não entende como é que há dinheiro, e muito dinheiro, para expropriações como as que houve no Monte Picoto, na Fábrica Confiança ou nas Convertidas, mas depois não há dinheiro para apostar na economia ou na área social".
A CDU acusou, assim, o executivo socialista "das últimas décadas" de "alinhar e ir ao encontro de interesses de privados, de grupos económicos em detrimento do que as populações realmente necessitam e desejam".
Aliás, aproximar os cidadãos da gestão municipal é um dos objetivos apontados por Carlos Almeida, assim como proceder a um "desenvolvimento harmonioso" da cidade.
"Queremos mudar a postura de fazer política em Braga. Não podemos continuar a assistir à falta de envolvimento das populações e instituições da cidade. Este executivo não soube tirar proveito da possibilidade de criar órgãos de consulta, de auscultação dos cidadãos e essa é uma linha que pretendemos seguir", apontou.
Além disso, a CDU define como objetivo "criar condições para corrigir o que ainda for possível" no desenvolvimento da cidade.
"Braga cresceu sem ordenamento, sem visão a longo prazo e sem visão estratégica. Primeiro constrói-se e depois vai-se pensando nos acessos, proximidade de escolas, centros de saúde", disse.
Por isso, "é preciso usar recursos como a revisão do Plano Diretor Municipal, planos de ordenamento, planos de urbanização para desenvolver políticas mais eficazes e sustentáveis da cidade".
Carlos Almeida disse-se ainda "preocupado" com o nível de desemprego no concelho, reconhecendo que a autarquia pode ter um "papel importante" no estímulo ao emprego e "disponibilizar" instrumentos de apoio social.
No entanto, realçou, que essa responsabilidade não é "decisiva" nas respostas a dar aos problemas sociais.
"A câmara pode, e deve, ajudar com a redução das tarifas de água e saneamento, exageradas em Braga mas essa responsabilidade cabe maioritariamente ao Governo", referiu.
Carlos Almeida enfrenta, nas eleições de 29 de setembro, Vítor Sousa (PS), Ricardo Rio (Coligação Juntos por Braga - PSD/CDS/PPM) e Inês Barbosa (candidatura independente Cidadania em Movimento).
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