União de Freguesias de Tondela e Nandufe pede auditoria

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Porto Canal / Agências

Tondela, Viseu, 01 dez (Lusa) -- A União de Freguesias de Tondela e Nandufe (PSD) anunciou hoje que vai pedir uma auditoria para esclarecer a "total legalidade" dos seus atos e afastar as suspeitas levantadas na semana passada pelos membros do PS.

Na quinta-feira à noite, os membros do PS na Assembleia de Freguesia de Tondela e Nandufe demitiram-se e manifestaram a intenção de solicitar ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu que investigue um conjunto de documentos que consideram evidenciar "más práticas administrativas e contabilísticas".

"Como quem não deve não teme, queremos informar que tomámos a decisão de solicitar de imediato uma auditoria aos órgãos competentes, para que o azeite possa vir à tona da água", referem o presidente, a secretária e o tesoureiro da União de Freguesias, em comunicado hoje divulgado.

Nesse âmbito, vão "promover uma auditoria junto de um revisor oficial de contas", sem prejuízo de pedirem também "à Inspeção Geral da Administração Local o procedimento adequado", acrescentam.

Por outro lado, não colocam de parte a possibilidade de avançarem com "procedimentos judiciais contra os detratores", com vista à "defesa da honra e da dignidade" com que consideram exercer as funções autárquicas.

Os membros do PS apresentaram a demissão depois de terem recebido cópias de documentação respeitante à contabilidade da União de Freguesias de Tondela e Nandufe.

"Não nos revemos no comportamento desta junta de freguesia, nem naquela documentação, pois a ser verdade é vexatória da cidade de Tondela, dos princípios democráticos e da honestidade. Não podemos estar debaixo do mesmo teto de pessoas que se aproveitam do lugar que ocupam para ter benefício pessoal", justificou, na altura, Francisco Coutinho, um dos membros do PS.

No comunicado hoje divulgado, o presidente, a secretária e o tesoureiro consideram que esta foi mais uma tentativa de os eleitos pelo PS tentarem "criar uma cortina de fumo, lançando a suspeição infundada, na convicção de que se pode enxovalhar quem democraticamente exerce funções públicas".

"Desde há um ano o mal-estar está criado. Os eleitos do PS, que se dizem democratas, ainda não aceitaram os resultados eleitorais de setembro de 2013", lamentam.

Recordam que, inicialmente, eles "procuraram criar um facto que se prendia com a forma da tomada de posse".

"Depois de tanto barulho, confusão, especulação, procurando por em causa o que efetivamente tinha decorrido do quadro legal, eis que os órgãos competentes deram razão à Assembleia de Freguesia, tendo reconhecido que a instalação dos órgãos autárquicos decorreu na total observância da lei", acrescentam.

Os eleitos pelo PSD lamentam mais esta "atoarda" e o lançamento de "novas suspeições, mais uma vez com o único intuito de atrofiar e boicotar a legitimidade política e institucional".

"Quando seria de esperar que quem lança uma acusação fique no local para se debater e confrontar legalmente com os visados, eis que, num ato de cobardia, se afastam de onde deviam estar", criticam.

AMF (CMM) // SSS

Lusa/fim

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