Laboratório em Braga vai criar aparelhos especiais para ajudar em doenças raras
Porto Canal / Agências
Porto, 25 jul (Lusa) -- O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologias, em Braga, vai desenvolver aparelhos especiais de monitorização e acompanhamento de pacientes com doenças complexas, prevendo-se uma redução de custos de assistência em 10 milhões de euros por ano na eurorregião Norte/Galiza.
O projeto, denominado de Invennta, visa desenvolver um "espaço colaborativo de equipas de investigação mistas em nanomedicina", apoiadas por modelos de transferência de tecnologia, com a "finalidade de criar emprego e desenvolvimento socioeconómico da eurorregião", explicou à Lusa fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Desenvolver novos dispositivos na área da neurologia, que no futuro possam ser incorporados em protocolos de telemedicina e que permitam diagnósticos rápidos e terapias apropriadas ou fomentar ações de investigação aplicada no desenvolvimento de terapias contra o cancro, são outros dos objetivos do projeto científico.
Segundo informações da CCDR-N, o projeto Invennta inclui-se num conjunto de novos projetos a cooperação entre Portugal e Espanha que vão receber apoios comunitários.
O Programa de Cooperação Espanha-Portugal aprovou um novo pacote de apoio comunitário de "16 milhões de euros" para 20 projetos transfronteiriços para desenvolver a cooperação entre Portugal e Espanha, informou hoje a CCDR-N.
Um outro projeto que vai ser apoiado com aqueles fundos comunitários é o 'Novomar - Inovação em Nanomedicina', cujo promotor é a Universidade do Minho, em parceria com a Faculdade de Ciências e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR), o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), a Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional do Porto) e diversos centros científicos e tecnológicos da Galiza.
O Novomar também pretende apoiar o emprego e o desenvolvimento socioeconómico no novo ecossistema produtivo da eurorregião.
"Consolidar o Centro Multipolar de Valorização de Recursos e Resíduos Marinhos da eurorregião, através de ações de investigação e desenvolvimento tecnológico e transferência de conhecimento que reforcem o seu papel como parceiro do tecido económico na valorização dos recursos marinhos da região e seus subprodutos, procurando a sustentabilidade desse recurso natural", é um dos principais objetivos.
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