CIP considera que já não existem restrições na oferta de crédito pelos bancos

CIP considera que já não existem restrições na oferta de crédito pelos bancos
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O vice-presidente do conselho geral da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), João Costa Pinto, considera que em geral já não existem restrições na oferta de crédito e que a banca já completou a desalavancagem que tinha a fazer."A restrição não é uma restrição de oferta de crédito, poderá ser nalguns casos, poderá haver problemas de preço nesses créditos, mas de facto, neste momento, tudo indica que não há já uma restrição de oferta de crédito", afirmou o responsável durante o ciclo de conferências "Economia Portuguesa - Competitividade e Crescimento" promovido pela CIP e que decorre em Lisboa.

Nesta primeira conferência, subordinada ao tema "Financiamento do Crescimento Económico", João Costa Pinto, que falava no início de um painel que conta com os presidentes dos principais bancos portugueses, considerou que a desalavancagem (redução do endividamento) dos principais bancos já estará feita e que os bancos estarão agora prontos para apoiar a economia.

"É óbvio que o movimento de desalavancagem que se verificou com grande intensidade e desde que o programa foi aceite e assinado pelo Governo, em grande parte esse movimento já se verificou e já se concluiu. Embora a situação dos grandes bancos seja diferente de uns para os outros, eu pessoalmente acredito que esse movimento de desalavancagem já foi feito", afirmou.

"Estão criadas as condições para que, certamente, de forma gradual, a banca desempenhe o papel central que tem de desempenhar na retoma e no crescimento", disse ainda.

João Costa Pinto afirmou que a forma e o ritmo como essa desalavancagem foi imposta criou mais dificuldades na correção das contas públicas e na implementação das reformas estruturais necessárias.

"O ritmo, a intensidade e a velocidade desse movimento de desalavancagem veio a criar dificuldades aos outros dois eixos do programa: a consolidação das finanças públicas e as reformas estruturais necessárias para repor o nível de competitividade interna da economia portuguesa", disse.

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