Deslizamento de terras danifica pavilhão do Hockey Club de Sintra, sem verbas para obras

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Porto Canal / Agências

Sintra, Lisboa, 28 nov (Lusa) -- O pavilhão do Hockey Club de Sintra (HCS), em Monte Santos, ficou danificado devido a um deslizamento de terras, mas o presidente do clube admitiu hoje que a coletividade não tem dinheiro para reparar os estragos.

"A derrocada afetou a estrutura do pavilhão, mas não de forma a impedir o funcionamento normal da atividade desportiva", explicou à agência Lusa o presidente do HCS, Francisco Leitão.

As chuvas fortes provocaram um deslizamento de terras e pedras, em 20 de novembro, na encosta atrás do pavilhão, derrubando um muro de suporte, o que danificou paredes e partiu vidros do equipamento desportivo.

O presidente do clube adiantou que, para já, a avaliação aos estragos concluiu que a estrutura "não tem danos de maior", para além de um buraco e fissuras nas paredes, embora se mostre preocupado caso as chuvas provoquem mais deslizamentos na encosta.

O HCS prepara-se para receber, no sábado, o Sport Lisboa e Benfica B, em mais um jogo de hóquei em patins para o campeonato nacional da 2.ª divisão sénior, e, no domingo, o Sporting Clube de Portugal, nos encontros regionais de benjamins (1.ª fase -série E).

"O Hockey não tem condições para fazer aqueles trabalhos", esclareceu Francisco Leitão, em relação à remoção dos escombros e à consolidação da encosta, deixando o aviso de que, "se for obrigado a efetuar as reparações pela câmara, o clube vai acabar".

Enquanto no pavilhão se vedaram os lugares na bancada junto à parede mais afetada, moradores de vivendas no topo da encosta receiam pela estabilidade dos terrenos.

"A câmara já tinha sido avisada, porque além da água que escorria também cheirava muito a esgoto", contou Liberto Silva, 70 anos, residente no n.º 19 da Rua António Medina Júnior.

O morador queixou-se de fissuras nas paredes, principalmente nas traseiras que dão para o pavilhão, e lamentou que a fiscalização municipal não tenha dado mais atenção ao risco de derrocada.

O proprietário da moradia do lado, Simon Heywood, confirmou que a câmara foi alertada "desde maio" deste ano para o risco de deslizamentos, perante "as fissuras" detetadas nas paredes das habitações.

"Estamos a monitorizar a situação, que está estável e não oferece qualquer perigo para as populações", disse Ana Queiroz do Vale, diretora da Proteção Civil municipal, acrescentando que, na sequência da avaliação técnica após a derrocada, "não existe qualquer indicação para interditar o pavilhão".

A dirigente municipal adiantou que "está a ser avaliada" a responsabilidade da remoção dos escombros e reparação da barreira, mas notou que "o muro é propriedade do Hockey" e que cabe aos privados assegurar a manutenção nas suas propriedades.

O terreno foi cedido em direito de superfície pelo município para construção do pavilhão, inaugurado em 1994, mas a técnica remeteu para decisão do presidente da câmara, Basílio Horta (PS), uma eventual reversão da propriedade, caso o clube não faça obras, tal como o autarca admitiu na anterior assembleia municipal.

Em relação às moradias no topo da encosta, Ana Queiroz do Vale confirmou que o HCS também já tinha sido informado dos avisos dos moradores e que "a situação está a ser acompanhada" e não apresenta risco imediato.

O Hockey Club de Sintra foi fundado em 1940 e afirmou-se no hóquei em patins nacional e internacional, conquistando, entre outros, os títulos de campeão nacional nas épocas de 1948 a 1950 e de 1957 a 1959.

LYFS // ROC

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