Ébola: Presidente do Banco Mundial defende redução da doença para "zero casos"

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Porto Canal / Agências

Washington, 21 nov (Lusa) -- O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, defendeu hoje uma "maior coordenação" entre os países e as agências internacionais, visando reduzir para zero o número de casos do Ébola, que matou mais de 5.000 pessoas.

Numa declaração feita no final de uma reunião com os responsáveis pela Missão da ONU de Emergência para o Ébola, o presidente do Grupo Banco Mundial afirmou ser necessário erradicar o Ébola, "a pior epidemia do mundo" porque essa "não é uma doença que se pode deixar algumas casos e considerar-se que já se fez o suficiente".

"Um elemento-chave para se chegar a zero casos será um maior investimento em sistemas de saúde eficazes. Esses países (afetados) precisam de uma base comunitária de cuidados com trabalhadores bem treinados em saúde e com capacidade de fazer triagem, diagnóstico e tratamento. Para tal, será necessário exigir-se mais recursos, mais disciplina e mais coordenação entre os governos afetados e as agências internacionais", afirmou Jim Yong Kim.

O responsável da instituição financeira considerou que, embora os esforços globais tenham que se concentrar sobre os cuidados de saúde, é necessário ajudar os países afetados a retomar a recuperação económica.

Há dias, o Banco Mundial divulgou um estudo sobre o impacto do Ébola na Libéria -- um dos Estados afetados pela epidemia - que indica que 46% dos trabalhadores perderam seus postos de emprego desde a eclosão da doença que tem "afetado substancialmente "todos os setores" de atividades da economia daquele país africano.

"Precisamos que as crianças voltem o mais rapidamente possível à escola, os agricultores voltem aos seus postos de trabalhos, as empresas voltem a funcionar e os investidores regressem a esses países", sublinhou hoje Jim Yong Kim, que exortou ainda a comunidade internacional a" permanecer vigilante" face à doença.

"Hoje, devemos estar mais unidos e comprometidos como nunca enquanto comunidade internacional. Temos de acelerar e adaptar resposta às novas circunstâncias no terreno, enquanto nos preparamos para a recuperação. Sabemos que o vírus mortal tem uma história de ressurgimento, de modo que todos devemo-nos manter vigilantes mesmo onde as coisas parecem promissoras. Esta epidemia não está perto do fim", afirmou.

De acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde, a epidemia de Ébola na África Ocidental já causou mais de cinco mil vítimas mortais, contagiando outras 14.000 pessoas.

O Grupo Banco Mundial estima que já mobilizou 797 milhões de euros para dar resposta de emergência aos países duramente atingidos pela crise do Ébola, que, até 2015, terá um impacto financeiro de 26 mil milhões de euros na Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.

MMT // EL

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