Vistos gold: "Não pensei demitir-me" - Paulo Portas

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 20 nov (Lusa) - O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou hoje que não pensou demitir-se do cargo depois da investigação relacionada com a atribuição de vistos 'gold' e da demissão de Miguel Macedo do Ministério da Administração Interna.

"Não, não pensei em demitir-me", declarou Paulo Portas à saída da audição na comissão parlamentar de Economia, que decorreu entre as 16:00 e cerca das 19:30.

Na audição, o deputado do PS Pita Ameixa tinha perguntado a Portas se tinha ponderado essa demissão.

"A demissão de Miguel Macedo foi de natureza pessoal", disse nessa ocasião Paulo Portas, que reiterou não dever tecer qualquer comentário sobre o processo judicial em curso.

A Operação Labirinto, uma investigação relacionada com a atribuição de vistos 'gold', resultou já na detenção de 11 pessoas, cinco das quais ficaram em prisão preventiva, embora três possam ver a medida convertida em pulseira eletrónica.

A 17 de novembro, o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva do presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, e do empresário chinês Zhu Xiaodong.

Também em prisão preventiva, mas com possibilidade de a medida vir a ser substituída por pulseira eletrónica, ficaram a secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes, o diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) Manuel Jarmela Palos, que entretanto deixaram os cargos, e Jaime Gomes, da empresa JMF Projects & Business.

     Na sequência das investigações, na qual foram detidas pessoas que lhe são próximas e que tutelava, Miguel Macedo anunciou a demissão alegando que a sua autoridade enquanto governante ficou diminuída.

     A operação investiga eventuais crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

O programa de vistos 'gold', criado em 2012, prevê a emissão de autorizações de residência em Portugal, com acesso ao espaço Schengen, a estrangeiros oriundos de fora da União Europeia que criem dez ou mais postos de trabalho em Portugal, comprem imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros ou façam transferências de capitais de pelo menos um milhão de euros.

ACL/JOP // SMA

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Montenegro tem "comportamentos rurais" e Costa é "lento por ser oriental", aponta Marcelo 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem "comportamentos rurais" e que o seu antecessor, António Costa, é "lento por ser oriental". As declarações foram proferidas, na noite desta terça-feira, durante um jantar com jornalistas estrangeiros. 

Marcelo defende que não fez apreciações ofensivas e que Montenegro "vai surpreender"

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira as afirmações que lhe foram atribuídas num jantar com jornalistas estrangeiros na terça-feira, considerou que não fez apreciações ofensivas e que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "vai surpreender".

Chega, BE e PCP contra direção executiva do SNS. PS e Livre querem explicações

Chega, BE e PCP manifestaram-se esta quarta-feira contra a existência da direção executiva do SNS, com a IL a defender que não deve ser extinta, enquanto PS e Livre pediram mais explicações ao Governo.