Câmara do Comércio Luso-Colombiana defende criação de voo direto entre os países

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 24 jul (Lusa) -- A diretora executiva da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana alertou hoje para a necessidade da criação de voos direitos entre Portugal e a Colômbia como forma de captar investimento direto estrangeiro.

"Gostaria muito que houvesse um voo direto entre Portugal e a Colômbia. Acho que isso era um fator muito importante para o desenvolvimento do relacionamento. Temos que facilitar a entrada dos colombianos em Portugal, se queremos captar investimento direto estrangeiro", declarou Rosário Marques.

Em entrevista à Lusa, à margem do Seminário 'Financiamento do Investimento na Colômbia', que decorreu hoje no Porto, Rosário Marques revelou que a Colômbia quer construir "um milhão de casas de habitação social nos próximos quatro anos" e que esta pode também ser uma "excelente oportunidade" para empresas com 'know how' [conhecimento] adquirido e uma grande experiência profissional.

A diretora executiva da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana aconselha, todavia, que os arquitetos e engenheiros civis interessados nesta oportunidade de trabalho devem entrar em "parcerias" com os homólogos da Colômbia "por causa da parte legislativa", que é diferente da portuguesa.

Questionada pela Lusa sobre quantos empresários se associaram à Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana desde que foi criada -- em maio de 2012 -- Rosário Marques adiantou que em apenas um ano registaram-se "90 associados" e "muitíssimos pedidos de ajuda" de empresários portugueses e colombianos.

Um dos principais conselhos que Rosário Marques deixou aos interessados portugueses que querem investir na Colômbia é terem uma "presença local".

"Para trabalhar com um mercado com a dimensão da Colômbia é preciso pensar em ter uma presença local", disse, acrescentando que também é preciso preparar "muito bem a entrada" e "estudar" quais são as maiores dificuldades e quais são as maiores as oportunidades naquele país com 48 milhões de habitantes.

A Colômbia é a quarta maior economia da América do Sul, com 48 milhões de habitantes, a capital -- Bogotá tem 10 milhões de habitantes -, tem 60 zonas francas que beneficiam do estatuto de isenção do pagamento de determinados impostos e uma inflação controlada nos 2%, referiu Rosário Marques.

Apesar de conhecida pela guerra civil que durou cerca de 60 anos, pela existência de narcotráfico, da insegurança e de uma má rede de estradas, a Colômbia tem também muito petróleo, ouro, minérios e uma "excelente plataforma" para importar e exportar os produtos por ter costa atlântica e costa pacífica.

O seminário 'Financiamento do Investimento na Colômbia' contou ainda com a uma apresentação de temas sobre a banca, instrumentos de financiamento ao investimento e testemunhos empresarias.

CCM // MSF

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