CDS de Vila Verde pede ao Ministério Público inspeção a privatização de escola

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 24 jul (Lusa) - O CDS-PP de Vila Verde pediu ao Ministério Público a fiscalização do processo de privatização da escola profissional do concelho por suscitar "muitas dúvidas", mas a câmara social-democrata garante "total transparência".

O deputado centrista, Daniel Cerqueira, em comunicado enviado hoje à Lusa, referiu que o concurso suscitou "muitas dúvidas", para as quais não obteve respostas.

"Nesse sentido, é ainda com admiração e grande espanto que o CDS vê a sua solicitação de entrega, para melhor entendimento, de fotocópias de atas de reuniões do executivo, bem como fotocópias do protocolo de gestão e exploração do complexo de lazer Vila Verde e piscinas da Vila de Prado, ser constantemente atrasada", frisou.

Por esse motivo, o CDS-PP solicitou ainda ao Ministério Público as diligências "necessárias" para obter essa documentação.

A Câmara de Vila Verde aprovou a entrada da empresa Val d'Ensino no capital social da Escola Profissional Amar Terra Verde, após concurso público a que apenas concorreu a Val d'Ensino.

Atualmente, o capital social da escola é detido pelas câmaras de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro.

A Val d'Ensino é uma empresa constituída por professores, quase todos a lecionar na Amar Terra Verde.

Vai ainda ficar responsável pela gestão e exploração do Complexo de Lazer de Vila Verde e das Piscinas da Vila de Prado.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela (PSD), garantiu que o processo foi "totalmente transparente", pelo que as suspeitas são "infundadas".

E, acrescentou, "o caderno de encargos foi muito rigoroso para que a escola não caísse nas mãos de pessoas sem experiência ou não lhe dessem um rumo adequado".

Várias empresas consultaram o processo de candidatura, revelou o autarca, mas só uma avançou provando que o concurso não era "tão apetecível" quanto querem fazer crer.

A Câmara de Vila Verde contratou uma entidade externa para avaliar e analisar as propostas de candidatura.

O objetivo da autarquia foi salvaguardar o património e os recursos do concelho, obrigando os candidatos a apresentar um "bom" projeto pedagógico.

"Como queremos que o assunto fique claro e não restem dúvidas estamos a compilar toda a informação sobre o processo para, até ao final da semana, enviar para o Ministério Público", revelou o social-democrata.

SYF (VCP) // JGJ

Lusa/Fim

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