Coordenador do PSD Jorge Moreira da Silva assume pasta do Ambiente

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 23 jul (Lusa) - Jorge Moreira da Silva, de 42 anos, atualmente primeiro vice-presidente e coordenador da direção nacional do PSD, vai assumir funções como ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, áreas às quais se tem dedicado.

Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva nasceu em Vila Nova de Famalicão a 24 de abril de 1971, é licenciado em engenharia eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tem uma pós-graduação em direção de empresas, é casado e tem três filhos.

Foi presidente da JSD, eurodeputado, secretário de Estado dos governos PSD/CDS-PP de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, conselheiro do Presidente da República, Cavaco Silva, do Banco Europeu de Investimento e da Comissão Europeia para o ambiente e a energia e diretor da área da economia de energia e alterações climáticas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Há cinco anos, Jorge Moreira da Silva apoiou e colaborou na primeira candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, derrotada por Manuela Ferreira Leite.

Dois anos depois, em 2010, Passos Coelho candidatou-se novamente, desta vez saindo vencedor contra Paulo Rangel e Aguiar-Branco, e voltou a ter Moreira da Silva como apoiante. A seguir, este integrou a equipa de direção do PSD, como um dos seus vice-presidentes.

No congresso social-democrata seguinte, em março de 2012, já com Passos Coelho na chefia do Governo PSD/CDS-PP, subiu a primeiro vice-presidente do PSD e ficou com a coordenação da direção nacional do seu partido.

Neste período, fundou, em outubro de 2011, uma associação cívica, "Plataforma para o Crescimento Sustentável", que elaborou em dezembro de 2012 um documento intitulado "Relatório para o Crescimento Sustentável - Uma visão pós-'troika'", que tem sido apresentado pelo país.

Na qualidade de presidente dessa associação, propôs, entre outras recomendações, um agravamento dos impostos ambientais que permitisse reduzir o IRS e o IRC, num quadro de neutralidade fiscal.

Desde janeiro deste ano, preside ao Grupo de Trabalho do Partido Popular Europeu (PPE) para a Energia e Alterações Climáticas.

Jorge Moreira da Silva foi o sucessor de Pedro Passos Coelho na liderança organização de juventude social-democrata, cargo que exerceu entre dezembro de 1995 e setembro de 1998.

Quanto à liderança do PSD, apoiou Marcelo Rebelo de Sousa, eleito no congresso de abril de 1996, após a demissão de Fernando Nogueira. No ano anterior, tinha apoiado Durão Barroso contra Fernando Nogueira.

Entre 1995 e 1998, passou pelo parlamento, como deputado pelo círculo de Braga.

No ano seguinte, fez parte da lista do PSD às eleições europeias de 13 de junho de 1999, encabeçada por Pacheco Pereira, e foi eurodeputado durante cerca de quatro anos, ocupando-se de temas relacionados com o ambiente, em particular, as alterações climáticas.

Deixou o Parlamento Europeu para assumir, entre 2003 e 2004, o cargo de secretário de Estado adjunto da ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, durante o Governo PSD/CDS-PP chefiado por Durão Barroso.

Quando Pedro Santana Lopes ficou a chefiar um novo executivo PSD/CDS-PP, na sequência da saída de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia, entre 2004 e 2005, Moreira da Silva foi secretário de Estado adjunto do ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, o democrata-cristão Luís Nobre Guedes.

Entre 2005 e 2010, a seguir à queda desse executivo e do regresso do PS ao poder, foi consultor internacional na área das alterações climáticas e docente universitário na área da economia da energia.

Entre 2005 e 2006, foi novamente deputado, desta vez pelo círculo de Lisboa. Entre 2006 e 2009, foi consultor do Presidente da República de Portugal, Cavaco Silva, para as áreas da ciência, ambiente e Energia e conselheiro do Banco Europeu de Investimento (BEI) e da Comissão Europeia nas áreas do ambiente e energia.

Entre 2009 e 2012, foi conselheiro e, posteriormente, diretor da área de economia da energia e das alterações climáticas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, em Nova Iorque.

Foi distinguido, em 2006, com a Comenda de Mérito Civil atribuída pelo Rei de Espanha, e, em 2009, com a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuída pelo Presidente da República Portuguesa.

IEL // PGF

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