Criança levada de Viana fica com a mãe mas com visitas regulares do pai
Porto Canal com Lusa
A guarda provisória do menino de dois anos e meio levado pelo pai, em outubro, de Viana do Castelo, ficou confiada à mãe, mas o progenitor vai poder visitá-la regularmente.
A informação foi avançada aos jornalistas pela mãe do menino de dois anos e meio no final da conferência de pais, realizada hoje, de manhã, no Tribunal de Família e Menores de Viana do Castelo.
"Eu continuo com a guarda do Tomás e o pai continua proibido de sair do país com o Tomás. Foram marcadas visitas intercaladas, dia sim, dia não, com o pai mas acompanhadas, na minha presença, num local público, que vai ser o 'shopping' de Viana do Castelo", afirmou a mãe.
A mãe da criança viveu até maio passado em França com o marido e o filho. Atualmente o casal está em processo de divórcio.
A mãe do menino afirmou ter ficado "relativamente satisfeita" com o resultado da reunião, que durou cerca de três. "Podia ter corrido melhor, mas também podia ter corrido pior", observou.
A Lusa questionou o pai, que recusou prestar declarações.
O menino foi levado pelo pai, de Viana do Castelo, no passado dia 25 de outubro, para França onde aquele reside mas foi recuperado no dia seguinte pela polícia francesa.
A criança esteve cerca de duas semanas numa instituição a aguardar pela decisão da justiça francesa que, no passado dia 07 de novembro, a entregou à mãe.
Hoje, aos jornalistas a mãe explicou que esta medida é provisória até à decisão final que deverá ser tomada em julgamento, "ainda sem data marcada" mas que adiantou, poderá ocorrerá "dentro 10 a 15 dias".
A mãe do menino acrescentou que o pai "tentou provar que o tribunal português é incompetente para decidir seja o que for acerca do menino", garantindo que os seus advogados "vão tentar contrariar na próxima audiência".
A progenitora adiantou ter manifestado à juíza abertura para chegar a um acordo com o pai, nomeadamente quanto a visitas mais alargadas "desde que houvesse alteração de comportamentos", mas sem sucesso.
"Disse à juíza que estaria completamente aberta a um acordo, que seria o melhor para o menino, mas o pai disse que era completamente impossível (...) A minha confiança nele é reduzida ou nenhuma", afirmou.