Administração da Soporcel diz que greve "impede um diálogo construtivo"
Porto Canal / Agências
Figueira da Foz, 14 nov (Lusa) - A administração do grupo Portucel Soporcel disse hoje que a greve em curso na unidade fabril de Lavos, Figueira da Foz, e o pré-aviso de nova paralisação agendada para dia 21 impedem um "diálogo construtivo".
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial do grupo Portucel Soporcel manifestou a intenção da administração em encontrar com os colaboradores da empresa "soluções sustentáveis para todos assuntos relevantes", frisando que o "diálogo permanente sobre todos os temas importantes" e a "paz laboral" são um "património fundamental" da empresa.
"A greve em curso e o atual pré-aviso de nova greve impede um diálogo construtivo, fundamental para o futuro do grupo", adiantou.
A greve convocada para hoje nas instalações da papeleira Soporcel, está a ter uma adesão superior a 90% e a fábrica está parada, disse fonte da comissão sindical.
Cerca das 16:00, sensivelmente a meio da paralisação e por altura de uma das mudanças de turno, Vítor Abreu, porta-voz da comissão sindical da Soporcel disse que grupos de trabalhadores se mantêm concentrados junto das portarias da fábrica e que a adesão à greve "é idêntica" à registada ao início da manhã de hoje.
"Está tudo parado", frisou.
Os trabalhadores da Soporcel convocaram dois dias de greve, a cumprir hoje e a 21 de novembro, por questões relacionadas com o fundo de pensões da empresa e a falta de negociação, imputada à administração, de um caderno reivindicativo, entre outras.
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