Peso da Régua, 14 nov (Lusa) - O presidente da Rota do Vinho do Porto (RVP), Carlos Carvalho, disse hoje que quer reativar em 2015 esta estrutura, sediada no Peso da Régua, depois da resolução dos problemas financeiros que estão a dificultar o processo.

Carlos Carvalho herdou a presidência da RVP, estrutura sem atividade há alguns anos, quando foi eleito em 2013 para a presidência da Câmara de Tabuaço.

O autarca afirmou hoje à agência Lusa que o que está a dificultar a reabertura desta rota são os problemas financeiros."Problemas financeiros que, na sua maioria, poderão ser resolvidos com o fecho dos projetos que a RVP ainda tem pendentes", acrescentou.

Carlos Carvalho espera que o problema de dívida fique resolvido durante o próximo ano, até porque as candidaturas em causa são referentes ao quadro comunitário que está agora a terminar.

Questionado sobre quais os projetos e o valor da dívida, o presidente não quis pormenorizar.

No entanto, frisou que a região e os seus atores, entre municípios, entidades ligadas ao turismo e ao vinho, estão empenhadas na resolução do problema com vista ao funcionamento desta estrutura que considerou ser "fundamental" para o turismo no Douro.

"Temos que fechar os projetos para depois nos sentarmos com os credores e começarmos a renegociar aquilo que ainda é a dívida da Rota para podermos novamente abrir as portas e, junto dos aderentes e associados, delinearmos a nossa estratégia para os próximos anos e o próximo QCA", salientou.

Depois, o pontapé de saída para a RVP será a reabertura da sede e loja, instaladas na Estação de Caminho de Ferro da Régua.

Carlos Carvalho falava à margem da Conferência Nacional de Enoturismo, que decorreu hoje na Régua e foi promovida pela Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP), criada em maio.

José Arruda, um dos responsáveis por esta associação, referiu que é uma lacuna para o enoturismo nacional que a Rota de um dos principais destinos de enoturismo em Portugal, o Douro, não esteja a funcionar.

"Não podemos andar a disfarçar que anda tudo bem, que ganhamos muitos prémios e é uma excelente região, mas depois não conseguimos estar organizados para a oferta turística que temos que dar", salientou.

Por isso mesmo, no decorrer da primeira assembleia da ARVP, realizada quinta-feira, saiu uma recomendação no sentido de um esforço conjunto para a reativação desta estrutura.

A RVP só poderá aderir à Associação Nacional quando estiver em funcionamento, no entanto, os seus representantes já participam nas suas iniciativas.

A adesão deverá ser concretizada em 2015 com vista a uma promoção conjunta de todas as rotas de vinho portuguesas.

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