AIE mantém estimativas da procura mundial de petróleo e prevê acentuação da queda dos preços

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Porto Canal / Agências

Paris, 14 nov (Lusa) - A Agência Internacional de Energia (AIE) manteve hoje as estimativas para a procura mundial de petróleo e prevê um aumento da produção que acentuará a queda dos preços na primeira metade de 2015.

A menos que exista algum problema nos países produtores, como uma interrupção da extração de petróleo na Líbia devido ao conflito civil, há "poucos sinais" de que a oferta venha a diminuir apesar da queda dos preços, que em relação ao Brent, referência na Europa, já foi de 30% desde o pico alcançado em junho, sublinha a AIE no relatório mensal, hoje divulgado.

Esta organização, que reúne os principais consumidores de energia membros do mundo desenvolvido, calcula que este ano o consumo de petróleo seja em média de 92,4 milhões de barris por dia, ou seja mais 680.000 barris por dia, o nível mais baixo em cinco anos.

Para 2015, a procura será de 93,6 milhões de barris por dia, mais 1,1 milhões de barris por dia do que este ano, mas não suficiente para absorver nos próximos meses o excesso de oferta e evitar a pressão exercida para a descida dos preços.

O outro elemento fundamental para explicar que o Brent tenha descido abaixo da barreira dos 80 dólares pela primeira vez em quatro anos é que a oferta aumentou 35.000 barris por dia em outubro para 94,2 milhões de barris por dia, que representa um aumento de 2,7 milhões de barris por ano, dos quais 1,8 milhões provenientes de países não membros da OPEP.

Comparando com o ano passado, os produtores ofereceram um excedente de 2,7 milhões de barris por dia e para isto contribuíram tanto os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), como os restantes, que extraíram 1,8 milhões de barris diários adicionais.

É um facto que a OPEP diminuiu a produção em 150.000 barris diários em outubro face a setembro, mas a oferta de 30,60 milhões de barris diários manteve-se acima do objetivo oficial de 30 milhões de barris.

O petróleo terminou a 77,82 dólares na quinta-feira em Londres, registando um decréscimo de 32% em relação ao último pico verificado em meados de junho. Em Nova Iorque, o WTI terminou como o Brent no nível mais baixo desde setembro de 2010 (74,21 dólares), também afundado por uma série de fatores como o do aumento do petróleo de xisto norte-americano, a debilidade da procura e a valorização do dólar.

A pressão para a baixa do preço do petróleo acentuou-se recentemente porque a OPEP não parece decidida a reduzir a produção na próxima reunião prevista para 27 de novembro em Viena.

MC // ATR

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