Fernando Pimenta nega-se a representar Portugal nos Mundiais de canoagem

| Desporto
Porto Canal / Agências

Montemor-o-Velho, 23 jul (Lusa) -- O atleta Fernando Pimenta foi convocado para fazer K2 e K4 1.000 nos mundiais de canoagem de agosto na Alemanha, mas rejeitou representar a seleção de Portugal por não poder competir em K1, informou hoje a Federação.

"Confrontado (em reunião) com o natural cumprimento das premissas que haviam sido definidas no início da época, o atleta recusou a sua integração no estágio, rejeitando assim a possibilidade de representar Portugal. Esta é a segunda vez que tal sucede, depois de ter igualmente falhado, por sua opção, o Mundial de 2009", revela a federação, em comunicado.

O vice-campeão olímpico juntamente com Emanuel Silva (K2 1.000) exigia fazer K1 e ser acompanhado pelo seu treinador para aceitar representar a seleção, mas o selecionador Ryszard Hoppe optou por coloca-lo no K2 vice-campeão olímpico e no K4 vice-campeão da Europa, opções rejeitadas pelo limiano que assim abdica de representar Portugal, como já tinha ameaçado várias vezes publicamente.

"A Direção da Federação de Canoagem enviará o caso para as instâncias disciplinares correspondentes", refere o documento, no qual esta se revela imune a "caprichos e interesses pessoais".

"Em boa verdade, não seria compreensível que, por meros caprichos e interesses pessoais, a estratégia de canoagem portuguesa passasse por abdicar da única tripulação medalhada nos Jogos Olímpicos, bem como outra que nas duas épocas em que competiu conquistou um ouro e prata europeus", explica a federação.

A FPC recorda que os objetivos foram traçados e divulgados a todos no início da época e reitera que tem "como único objetivo atingir os melhores resultados para Portugal, independentemente dos interesses pessoais, patrimoniais ou circunstanciais", recordando que "é este, aliás, o caminho que tem levado ao sucesso".

"Tal decisão (recusa de Fernando Pimenta), não só prejudica aquela que foi a estratégia da participação internacional masculina em kayaks para 2013, como gorou todas as expectativas e esforços de outros três atletas que, de forma abnegada, prepararam toda a sua época com o objetivo de participar no Campeonato do Mundo de Velocidade em 2013 nos eventos de K2 e K4 1.000 metros", lamenta o organismo, referindo-se a Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes.

A instituição desportiva recorda que "Fernando Pimenta condicionou a sua presença em estágio e no Campeonato do Mundo a uma participação em Kayak individual, bem como ao enquadramento técnico pelo seu treinador pessoal, aliás posição que já havia tornado pública por repetidas vezes".

Quanto a estas imposições, a federação de canoagem recorda que "a direção administra a modalidade e escolhe a equipa técnica, esta seleciona os atletas, orienta-os e toma as opções para obter os melhores resultados internacionais e os canoístas treinam e tentam dar o melhor para Portugal, sendo eles os grandes beneficiados".

"O sucesso da Canoagem tem sido construído mediante esses imprescindíveis princípios, pelo que esta Direção jamais admitirá invertê-los", complementa.

Com a recusa de Fernando Pimenta, João Ribeiro deve juntar-se a Emanuel Silva no K2 1.000, sendo que a participação de David Fernandes, que completa o K4, pode estar em causa.

RBA // ARA

Lusa/Fim

+ notícias: Desporto

FC Porto e Sérgio Conceição prolongam contrato

O FC Porto e Sérgio Conceição acordaram prolongar o contrato que os liga desde 2017. Ao serviço dos Dragões e na condição de treinador, o antigo extremo já venceu três edições da Liga portuguesa, três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e três Supertaças.

FC Porto: Feriado de trabalho a pensar no clássico

O FC Porto voltou a trabalhar nesta quinta-feira no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, onde continua a preparar o jogo com o Sporting (domingo, 20h30, Sport TV), no Estádio do Dragão, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

O campeão da liberdade. 25 de abril de 74 também é um marco na história do FC Porto

No dia em que passa meio século sobre a revolução que conduziu Portugal à democracia depois de 48 anos de ditadura, o FC Porto pode orgulhar-se de ser o clube nacional com melhor palmarés. Além de ser, em termos absolutos, um dos dois com mais troféus oficiais de futebol - tem 84, tantos como o Benfica -, distingue-se por ter vencido sete competições internacionais - as sete conquistadas em democracia -, enquanto os restantes clubes portugueses juntos somam apenas três - as três alcançadas durante o Estado Novo. Se se olhar em paralelo para a história dos maiores clubes portugueses e para a evolução dos regimes políticos no país durante o século XX, a conclusão é óbvia e irrefutável: a ditadura foi o período dourado do sucesso desportivo dos clubes de Lisboa, enquanto os 50 anos que se seguiram ao 25 de abril são dominados pelo azul e branco.