Hospital de S. João garante "os mesmos cuidados" no recobro intensivo

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Porto Canal / Agências

Porto, 22 jul (Lusa) -- A diretora clínica do Centro Hospitalar de S. João, no Porto, garantiu hoje "o mesmo nível de cuidados" aos doentes em recobro intensivo depois do encerramento de cinco camas do Serviço de Anestesiologia, que serão reabertas "quando necessário".

"Quanto aos doentes, não há qualquer prejuízo, porque está garantido o mesmo nível de cuidados", afirmou Margarida Tavares, em conferência de imprensa, referindo-se à decisão anunciada na sexta-feira pelo Conselho de Administração (CA) de encerrar as cinco camas de recobro intensivo pós-operatório do Serviço de Anestesiologia (SA) e transferir estes cuidados para o Serviço de Medicina Intensiva.

A solução levou os anestesistas a recusarem participar no Programa de Produção Cirúrgica Adicional (PPCA) logo na sexta-feira o que, para a diretora clínica, foi uma atitude "inaceitável" que deixou "uma série enorme de doentes" por operar.

"Reconhecendo aos anestesiologias o direito de não participar no PPCA, o CA lamenta ter sido informado que essa decisão tinha sido tomada e comunicada no dia em que estavam internados vários doentes que iam ser operados, os quais os anestesistas se recusaram tratar sem qualquer aviso prévio", afirmou a diretora clínica.

"Não nos é possível entender que uma solução que garante a qualidade assistencial e visa melhorar eficiência possa ser objeto deste nível de contestação, a não ser por poder afetar os interesses pessoais de um restrito número de profissionais", vincou Margarida Tavares.

A responsável alerta que na "pequena unidade assegurada por um pequeno número de profissionais" onde estavam as cinco camas, estes "tinham de praticar horários incompatíveis com a segurança dos doentes", nomeadamente devido à necessidade de "estar, por vezes, três dias consecutivos a fazer horas extraordinárias".

Ainda assim, "quando vier a revelar-se necessário reabrir-se-ão as camas, que ficarão a cargo do serviço de medicina intensiva", adiantou.

Quanto à participação dos anestesistas no PPCA, que visa diminuir as listas de espera, Margarida Tavares explica que "o problema vai ser resolvido" mesmo que os profissionais não queiram "reconsiderar posição relativamente à produção adicional", já que é um trabalho voluntário e "têm todo o direito" de o fazer.

"Não tinham o direito era de comunicar em cima da hora quando muitos doentes estavam convocados ou já internados", alertou.

Assim, para evitar cancelamento de operações, o Centro Hospitalar equaciona "contratar serviços suficientes para poder assegurar" o PPCA.

Os custos da opção são idênticos, já que os profissionais dos hospitais "são remunerados por essa atividade adicional por fora do seu vencimento.

A diretora clínica frisou ainda que o Centro Hospitalar não recebeu "qualquer pedido de demissão da diretora do serviço de Anestesiologia".

"Até agora não tenho nenhum pedido de demissão na minha mesa", vincou, por volta das 12:00.

ACG // JGJ

Lusa/fim

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