Cabe ao Presidente da República decidir o que fazer - Seguro
Porto Canal / Agências
Lisboa, 19 jul (Lusa) - O secretário-geral do PS sustentou hoje que, na sequência do fim das negociações com PSD e CDS para um acordo, cabe agora ao Presidente da República decidir o que fazer para ultrapassar a atual crise política.
António José Seguro falava na sede nacional do PS, numa "declaração ao país", após ter responsabilizado o PSD e o CDS por terem "inviabilizado" o acordo 'de salvação nacional' proposto pelo chefe de Estado, Cavaco Silva.
"Cabe ao senhor Presidente da República decidir. O que garanto é que, qualquer que seja a decisão do Presidente da República, o PS vai continuar a bater-se pela aprovação" das propostas que apresentou ao longo do processo de diálogo com o PSD e CDS, referiu o líder socialista.
Seguro disse ainda que manterá a linha de "continuar a trabalhar perto dos líderes europeus pela renegociação do programa de ajustamento e para que a Europa aposte em políticas de crescimento e de emprego, e para que o Banco Central Europeu (BCE) assuma um papel mais ativo no financiamento do país".
"Este não é o momento para fazermos o possível. Este é o momento para fazermos o que é necessário", declarou, numa intervenção em que sugeriu que PSD e CDS continuam a defender cortes de 4,7 mil milhões de euros nos próximos anos.
De acordo com o líder socialista, ao longo da última semana, o PS bateu-se para que "não houvesse mais cortes nas reformas e nas pensões, não houvesse mais despedimentos na função pública e não houvesse mais cortes salariais na função pública e não fosse aplicada a contribuição de sustentabilidade nas pensões".
"Durante esta semana batemo-nos para que o Governo parasse com as políticas de austeridade, em particular, para que o Governo não aplicasse os cortes de 4,7 mil milhões de euros", declarou Seguro, dizendo ainda que, nas negociações, os socialistas defenderam a diminuição do IVA da restauração de 23 para 13 por cento e uma "redução progressiva do IRC".
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