Autárquicas: Pedro Carvalho (CDU) quer alterar política habitacional do Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 19 jul (Lusa) - O candidato da CDU à Câmara do Porto, Pedro Carvalho, criticou hoje a política de habitação do atual excutivo e lançou como "eixo principal" para o "projeto de desenvolvimento para o Porto" o repovoamento da cidade.

Numa apresentação feita na praça dos Leões, sobre o "projeto de desenvolvimento para o Porto" da CDU, o candidato comunista Pedro Carvalho prometeu "inverter a lógica da reabilitação urbana do Porto", tornando o movimento cooperativo num "parceiro estratégico" de forma a "aumentar a oferta de habitação com custos e rendas controladas" e "promover o mercado social de arrendamento, utilizando o património edificado e terenos da câmara do Porto".

Pedro Carvalho afirmou que quer criar infraestruturação ao nível das acessibilidades, equipamentos sociais, espaços verdes e públicos, dedicando um terço do investimento público municipal para a reabilitação urbana.

"Propomos reforçar o investimento na requalificação dos bairros sociais, garantindo que 50% do investimento público municipal é canalizado para esta área", prometeu, ainda, o candidato da CDU, acrescentando que quer a "revogação do atual Regulamento de Gestão do Parque Habitacional do Município".

Também na área fiscal, Pedro Carvalho avançou com a promessa de que, sendo eleito, vai propor a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) "de forma sustentável", utilizando a verba desta taxa na "criação de incentivos ao arrendamento e à penalização das casas devolutas".

A criação de um Balcão Único destinado a dar informação a quem queira instalar a sua empresa no Porto foi outros dos pontos da apresentação, bem como a requalificação do Mercado do Bolhão, a qual quer ver feita através de "financiamento comunitário".

O anúncio da criação de um pelouro da Cultura "com capacidade de programação própria" e do programa "Porto, Cidade da Cultura" com 1,5 milhões de euros e garantindo "um mínimo de um por cento" do orçamento da autarquia, foi uma das propostas mais aplaudidas pela cerca de meia centena de pessoas que assistiu à apresentação da CDU.

Já "Associativismo Vivo, Porto Vivo" é o nome do programa que Pedro Carvalho quer criar com um valor de 600 mil euros, dedicado às colectividades portuenses.

Na área das acessibilidades e transportes do Porto, a CDU avançou com projetos como a modificação do perfil viário da VCI e da Circunvalação, abertura do túnel da Alfândega e a extensão da linha de eléctrico para completar a zona ribeirinha (ligação Gondomar - Matosinhos-Sul).

"Propomos a re-municipalização da empresa municipal Águas do Porto, a extinção da empresa Porto Lazer e a fusão das empresas municipais GOP/Domus Social, com vista a prazo da sua re-municipalização. Propomos a extinção da Fundação Porto Social e passagem das competências respetivas para um novo pelouro da Ação Social", defendeu, também, Pedro Carvalho.

Reforçar a cooperação intermunicipal no domínio dos transportes, rede viária e ambiente, através da promoção de reuniões semestrais com os municípios vizinhos foi a proposta que fechou a apresentação que contou com a intervenção do mandatário da CDU, Rui Sá, candidato ao Porto nas Autárquicas de 2009, que não poupou os adversários de Pedro Carvalho.

"Menezes é o candidato do PSD que esconde o símbolo do seu partido nos seus cartazes. Pizarro não assume responsabilidades do anterior Governo PS, mas também não entra em rutura com o PS. E Rui Moreira diz-se independente e fala da questão da reabilitação urbana do Porto, mas aceita o apoio do CDS-PP, partido da ministra que podia autorizar a transferência de verbas para o Porto", atacou Rui Sá.

Para além da CDU, estão na corrida autárquica do Porto PS (Manuel Pizarro), Bloco de Esquerda (José Soeiro), PSD (Luís Filipe Menezes),Partido Trabalhista (José Manuel Pereira da Costa) e os independentes Rui Moreira (apoiado pelo CDS-PP) e Nuno Cardoso.

PYT // JGJ

Lusa/fim

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