Os filhos de um passageiro do voo MH370 da Malysia Airlines apresentaram hoje uma queixa contra a companhia e vários departamentos governamentais da Malásia pelo desaparecimento do avião a 08 de março, revelou a imprensa local.

OS dois filhos, de 11 e 13 anos, interpuseram a ação através da mãe, Ng Pearl Ming, por considerarem que o bilhete do seu pai, Jee Jing Hang, de 41 anos, incluía um acordo de viagem em segurança desde Kuala Lumpur até Pequim, sublinha o diário "The Star".

A queixa, apresentada no Supremo Tribunal de Kuala Lumpur, argumenta que a Malaysia Airlines, violou o "acordo de voo" ao não chegar à hora acordada ao seu destino e falhou na tomada de medidas para garantir a segurança do voo.

Além da companhia, a queixa inclui também a atribuição de responsabilidades ao diretor geral de aviação, ao responsável dos serviços de Fronteiras, Força Aérea e Governo da Malásia.

As equipas de resgate retomaram no início de outubro as buscas submarinas do avião numa zona remota do oceano Índico, a cerca de 1.800 quilómetros a oeste da Austrália.

O MH370 descolou de Kuala Lumpur na madrugada de 08 de março com destino a Pequim e desapareceu dos radares cerca de 40 minutos depois, nunca tendo chegado à capital chinesa.

A bordo seguiam 153 passageiros chineses, 50 malaios (12 dos quais tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos, estes últimos embarcados com passaportes roubados na Tailândia a um italiano e a um austríaco.

As investigações apontam para que o avião tenha invertido o sentido de voo para sul tendo voado com os passageiros inconscientes por falta de oxigénio até ficar sem combustível e precipitar-se no mar.

Os peritos não possuem ainda elementos que indiquem uma causa para a tragédia, embora se acredite que a mudança de rota tenha sido "uma ação deliberada".

Até agora nenhuma parte do avião foi encontrada.