Proposta de orçamento da Câmara de Viseu aprovada com votos contra da oposição

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Porto Canal / Agências

Viseu, 30 out (Lusa) - A proposta de orçamento do município de Viseu para 2015, no valor de 51,2 milhões de euros, foi hoje aprovada em reunião do executivo, apesar de a oposição - PS e CDS/PP - ter votado contra.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, apresentou hoje de manhã a proposta de orçamento para o próximo ano, que ascende a uma dimensão financeira de 83,3 milhões de euros, se se juntar o orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS).

A proposta de orçamento para 2015 do município de Viseu recebeu cinco votos a favor do PSD e quatro votos contra por parte da oposição: três do PS e um do CDS/PP.

Para o presidente da Câmara, este é um orçamento "realista, transparente e muito equilibrado", que "aposta claramente na vertente social e económica", daí que tenha "sentido alguma perplexidade pela forma como a oposição se posicionou".

"Votaram contra com a argumentação de que a Câmara estaria a enriquecer à custa dos viseenses, mas a Câmara tem é uma gestão bastante rigorosa", frisou, apontando que esta foi uma forma da oposição fazer a sua "prova de vida".

Almeida Henriques está convicto de que apresentou "uma boa proposta de orçamento", que vai ao encontro do que foi prometido aos viseenses e do que são as prioridades do programa Viseu Primeiro.

"Como se argumenta que este orçamento não valoriza o social e o económico, quando 81 por cento das suas grandes opções são exatamente no social e no económico? Parece-me frouxa, esta justificação. Mas, enfim, respeitamos, somos democratas", referiu.

Aos jornalistas, o vereador socialista João Paulo Rebelo explicou que o PS chumbou a proposta de orçamento para 2015 porque este não alivia a carga fiscal dos munícipes, numa altura em que a Câmara de Viseu goza de uma boa situação financeira.

"Na atual crise económica que vivemos, o município de Viseu declara-se, através deste orçamento, cada vez mais rico e esquece-se que os viseenses estão cada vez mais pobres. Não demonstra ter uma estratégia de apoio social que vá para lá da caridade", alegou.

O socialista critica ainda que, num ano em que se prevê arrecadar 12,22 milhões de euros em Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) - mais um milhão de euros que em 2014-, não seja proposto um aumento da taxa de devolução de IRS.

"Não entendemos que não se tenha a decência de se propor um aumento da taxa de devolução do IRS, que para os viseenses se vai manter em um por cento, muito longe dos cinco por cento atribuídos ao município, e que traria o alívio dos orçamentos das famílias", apontou.

Contactado pela Lusa, o vereador do CDS/PP, Helder Amaral, explicou que o partido votou contra a proposta de orçamento para 2015 porque "a saúde financeira da Câmara de Viseu que Almeida Henriques apregoa não traz qualquer benefícios aos viseenses".

"Não me parece normal que venham dizer que a Câmara de Viseu tem cada vez melhor saúde financeira, mas que se continue a cobrar os mesmos impostos. Se tem tão boa saúde financeira, parece-me que poderia perder algumas receitas, pois só com mais dinheiro nos bolsos os viseenses vão consumir mais e investir mais", defendeu.

Na sua opinião, o orçamento para 2015 deveria ser mais virado para as pessoas e as empresas, "com uma postura de sensibilidade social e de ajuda à economia local".

A proposta de orçamento para 2015 será votada a 10 de novembro em sessão da Assembleia Municipal de Viseu.

CMM // SSS

Lusa/fim

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