CDU de Valongo critica redução de investimento para 2015 "na ordem dos 2,53%"

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Porto Canal / Agências

Valongo, 29 out (Lusa) - A CDU/Valongo criticou hoje o plano e orçamento para 2015 que a maioria socialista deste concelho apresenta a discussão na quinta-feira, considerando que há uma redução do investimento na ordem dos 2,53% face ao ano anterior.

"Mais do que rigor orçamental, o que estas reduções significam é uma câmara com menos atividade e com uma resposta ainda pior perante os muitos problemas existentes", diz a CDU.

Os comunistas concentraram a sua análise na evolução de investimento dos anos 2012, 2013 e 2014, ou seja, juntando a governação atual do socialista José Manuel Ribeiro à anterior gestão da coligação PSD/CDS-PP, que perdeu as autárquicas em setembro para o PS.

"Se analisarmos a evolução do orçamento nos últimos cinco anos, concluímos que este se reduz em quase 58%. As Grandes Opções reduzem-se em quase 80%. Os Planos Plurianuais de Investimento reduzem-se em mais de 90%. E as atividades mais relevantes sofrem cortes de cerca de 50%", lê-se num documento esta tarde distribuído à imprensa.

Para os comunistas, o orçamento e plano de atividades para 2015 reflete "falta de transparência em relação à real situação financeira da câmara".

"A definição de uma verdadeira estratégia política e orçamental alternativa pressupõe uma clarificação rigorosa sobre a situação financeira do município, quer ao nível das dívidas existentes quer ao nível das dívidas que possam resultar de litígios judiciais e jurídicos, incluindo com concessionárias de serviços privatizados", lê-se na nota.

A habitação social em Valongo "continua a ser um 'parente pobre'" de acordo com a análise da CDU que critica, também, a "ausência de quaisquer referências aos mercados de Ermesinde e de Valongo" nos documentos referentes ao próximo ano.

Ainda em matéria de economia local, a CDU considera como "simbólica" a verba de "apenas mil euros" alocada à feira de Valongo e recorda que "há muito que se discute a mudança de localização".

"Várias ruas e passeios vão continuar em mau estado" é outra das críticas dos comunistas que lamentam que a despoluição dos rios Leça e Ferreira não seja, segundo asseguraram, alvo de "fortes compromissos" e acrescentam que "apesar de ter acordado com representantes dos trabalhadores o horário das 35 horas/semanais" este executivo não avançou com a medida "alegando pretextos jurídicos que outros municípios já demonstraram não serem incontornáveis".

Assim, a CDU/Valongo avança que vai votar contra o orçamento e plano, acusando José Manuel Ribeiro de "concretizar políticas de direita", uma consideração que o autarca socialista devolveu.

"Acusar-me de que governo à direita é demagógico, porque quem de facto faz oposição à direita é a CDU. É estranho. Faz uma oposição mais feroz ao PS do que fez ao PSD que governou 20 anos esta câmara. A CDU em Valongo não consegue ultrapassar o ódio que tem ao PS e nunca conseguirá ver nada de positivo numa governação socialista", disse à Lusa José Manuel Ribeiro

O presidente da câmara, sobre as acusações de "falta de transparência", garantiu que Valongo "é o município mais transparente do país" e apontou como meta, entre outras, "reposicionar o concelho na Área Metropolitana do Porto (AMP)".

PYT // MSP

Lusa/fim

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