Ministro angolano diz que apoio de Portas mostra "amizade" entre os dois países
Porto Canal / Agências
Luanda, 23 out (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores angolano afirmou hoje que a saudação feita por Paulo Portas sobre a eleição de Angola para membro não permanente do Conselho de Segurança da Nações Unidas mostra a "amizade" entre os dois países.
Questionado em Luanda pela agência Lusa sobre as declarações do vice-primeiro-ministro português, difundidas nos últimos dias em Angola em que afirma que se tratou de uma "eleição brilhantíssima", Georges Chikoti não se mostrou surpreendido.
"É sempre importante. Primeiro porque o doutor Paulo Portas é um grande amigo pessoal, é um grande amigo de Angola e naturalmente que esperava-se isso dele", afirmou o ministro angolano.
"Mas acho que ele exprimiu um sentimento real da amizade entre Angola e Portugal, sobretudo. Eu acho que foi muito bom", reconheceu ainda Chikoti, questionado à margem de uma receção ao corpo diplomático internacional acreditado em Luanda, precisamente para assinalar a eleição angolana para aquele órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
Numa entrevista em Lisboa à rádio pública angolana, o vice-primeiro ministro de Portugal, Paulo Portas, que anteriormente, no atual Executivo, liderou a pasta da Diplomacia, classificou a eleição para membro não permanente do Conselho de Segurança (2015/2016), com 190 votos a favor, como uma "grande vitória diplomática de Angola e de todos os amigos de Angola".
"É uma eleição brilhantíssima. Troquei mensagens com o ministro Georges Chikoti, é um grande sucesso para Angola esta eleição para o Conselho de Segurança, com o número de votos que Angola teve", disse Portas à rádio pública angolana.
O governante português diz mesmo que a eleição angolana é "não só merecida, como um grande sinal para o futuro", revestindo-se de especial importância para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Durante a cerimónia de hoje, o chefe da Diplomacia angolana recordou que o país começou a trabalhar para esta eleição "há dois anos", o que resultou uma votação "jamais vista" naquele órgão.
"Vai exigir mais do papel de Angola, porque vamos ter muitas vezes de defender ou ajudar pessoas que esperam algo de nós. O nosso papel, no Conselho de Segurança, vai ser um pouco isso. Temos uma agenda africana, mas também com os outros problemas que o mundo globalmente vive", rematou Chikoti.
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