Tensão com nova tentativa massiva de entrada de imigrantes ilegais em Melilla

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Porto Canal / Agências

Melilla, Espanha, 22 out (Lusa) - A fronteira entre Marrocos e a cidade espanhola de Melilla foi hoje palco de uma nova tentativa de centenas de imigrantes ilegais entrarem em território espanhol, com dezenas a ficarem, durante horas, pendurados na vedação fronteiriça.

Cerca das 09:30 locais (08:30 em Lisboa), cerca de 80 imigrantes continuavam pendurados na vedação, repetindo cenas das últimas semanas em que agentes espanhóis tentam evitar que entrem em Melilla.

Hoje, tal como ocorreu na segunda-feira, vários grupos de centenas de imigrantes espalharam-se em vários pontos da fronteira, especialmente na zona do cemitério muçulmano, para obrigar as forças de segurança espanholas a dividirem-se.

Segundo as forças policiais espanholas, cerca de 15 pessoas conseguiram entrar hoje, que vêm somar-se aos cerca de 50 que entraram na segunda-feira, tendo-se dirigido para o Centro de Estância Temporária de Imigrantes (CETI).

Ali, e segundo testemunhos, ocorreram momentos de tensão quando os imigrantes foram travados por agentes policiais, tendo-se registado alguns confrontos.

Pelo menos cinco imigrantes ficaram feridos e foram transferidos para o Hospital Comarcal de Melilla.

Recorde-se que há cinco dias a cidade viveu um dos 'assaltos' massivos "mais violentos" à fronteira, provocando vários feridos entre guardas civis e imigrantes.

Abdelmalik el Barkani, delegado do Governo espanhol em Melilla, disse na terça-feira que a pressão migratória sobre a cidade duplicou, sendo que em todo o ano passado se registaram 38 tentativas de assalto massivo à fronteira e que este ano já se registaram quase 60.

Também pelo segundo dia consecutivo viveram-se hoje situações de tensão na fronteira entre Marrocos e Ceuta, com um agente policial ferido e hospitalizado depois de uma nova avalancha de transportadores marroquinos.

O incidente de hoje ocorreu na mesma zona onde na terça-feira, numa avalancha idêntica, ficaram feridas 16 pessoas, incluindo três agentes da Guarda Civil, quando mais de 300 transportadores se acumularam na fronteira.

As avalanchas ocorrem devido à pressa de os transportadores entrarem nos armazéns do polígono industrial de Ceuta para deixar e levar mercadoria de e para Marrocos.

A pressão aumentou devido a uma normativa da Delegação do Governo em Ceuta que reduziu a dimensão do que cada um dos transportadores pode levar às costas para 40x60 centímetros.

O objetivo das autoridades espanholas era conseguir mais fluidez no trânsito de cerca de 3.000 transportadores que diariamente passam pela ponte de Biutz, junto do posto fronteiriço de Tarajal e dedicado quase exclusivamente à passagem de mercadores.

Pretendia evitar ainda cenas muito comuns, explica o Governo, de pessoas que mal podiam caminhar com o peso do que levavam às costas.

Devido a poderem transportar menos carga os transportadores tentam agora ser mais rápidos para poderem fazer mais viagens.

ASP // JPS

Lusa/Fim

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