Caracas, 22 out (Lusa) - O Ministério venezuelano do Petróleo e Minaria (MPM) emitiu terça-feira um comunicado onde manifesta que a Venezuela está interessada em fazer parte do Processo Kimberley (PK) de certificação de diamantes em bruto.

Segundo o documento, mediante o PK "os países produtores (de diamantes) controlarão a produção e o transporte dos diamantes, em bruto, desde as minas até ao lugar de exportação".

Por outro lado, explica, decorreu terça-feira em Caracas uma reunião entre representantes daquele Ministério e delegados do PK, durante a qual chegaram a um acordo com Wei Chu, presidente daquele sistema, para "garantir e fortalecer as políticas públicas no setor diamantífero" e "garantir que a exploração daquele mineral não gere nem financie guerras", além do compromisso de "incorporar e exportar só a países aderentes".

Para a diretora de Planificação e Economia, do vice-Ministério de Minaria, Alba Castillo, a entrada no PK "é muito importante para o desenvolvimento da Venezuela" uma vez que "o aumento das reservas de ouro e diamantes deve servir para fortalecer as reservas internacionais mediante a certificação de jazidas" em Guayana, uma localidade do estado venezuelano de Bolívar, a sudeste de Caracas.

Segundo aquela responsável, por instruções do Presidente Nicolás Maduro a Venezuela procura "quantificar e certificar as reservas de diamantes em Guayana, criar empresas mistas" de capitais públicos e privados para a exploração diamantífera reativando a produção de diamantes no país.

O "Kimberley Process Certification Scheme" é um sistema de certificação estabelecido em 2002 com o apoio da Organização das Nações Unidas, por iniciativa de vários países africanos, produtores, importadores e exportadores de diamantes.

A iniciativa procura impedir o comércio internacional de diamantes em bruto para financiar conflitos bélicos ou abusos dos direitos humanos.

Fontes não oficiais dão conta que 45 países fazem parte do Processo Kimberley.

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