Trofa quer sair da "caduca" Associação de Municípios do Vale do Ave
Porto Canal / Agências
Trofa, 21 out (Lusa) - A câmara da Trofa vai votar quinta-feira a saída deste município da Associação de Municípios do Vale do Ave com o presidente desta autarquia a considerar que fazer parte desta associação só tem trazido "dívidas e não proveitos" ao concelho.
"Não faz sentido o município da Trofa, estando na Área Metropolitana do Porto e sendo aí que estão a ser depositadas todas as nossas forças, estar na Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE), que é uma coisa caduca", referiu hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto.
Partindo desta convição, na próxima reunião de câmara, que se realiza quarta-feira, o executivo liderado pela coligação PSD/CDS-PP vai apresentar uma proposta a toda a vereação de saída da AMAVE, à qual a Trofa diz pagar mais de 57 mil euros/ano.
"A AMAVE já fez o seu trabalho e já devia ter terminado há muito tempo. Os municípios, o que fazem é estar a contribuir para pagar os vencimentos dos técnicos da AMAVE. A AMAVE não contribui em nada para o município da Trofa. O que temos recebido da AMAVE são dívidas. São custos sem proveito", declarou Sérgio Humberto.
A autarquia da Trofa estima, após quinta-feira e se as propostas forem aprovadas, conseguir uma poupança "na espécie de quotas" que pagam a associações superior a 58 mil euros/ano, pois vai também propor a saída do município da Agência para o Desenvolvimento das Industrias Criativas (ADDICT), à qual paga 1.300 euros/ano.
"A câmara paga e não há retorno. Quando isso acontece não faz sentido", disse Sérgio Humberto, relativamente à ADDICT.
Paralelamente, a Câmara da Trofa decidiu assinar um protocolo com a INTELI-Cidades Inteligentes, que Sérgio Humberto acredita que "substitua a ADDICT".
Trata-se de um agrupamento internacional que terá como missões, junto da Câmara da Trofa, nomeadamente a preparação de candidaturas a fundos comunitários e a realização de estudos de viabilidade financeira, tendo, segundo revelou a autarquia nortenha, participação em jeito de "contrapartida financeira" apenas se o projeto for aprovado, não existindo uma "quota" fixa anual ou mensal.
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