Moçambique/Eleições: UE preocupada com atrasos no apuramento dos resultados

| Mundo
Porto Canal / Agências

Maputo, 21 out (Lusa) - A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia manifestou hoje preocupação com atrasos no apuramento das eleições gerais em Moçambique, que, aliados à ausência de explicações, "deterioram o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral".

"Os prazos legais para o anúncio dos resultados distritais e provinciais, respetivamente dois e cinco dias após a jornada eleitoral, não foram, na sua maioria, cumpridos", afirma um comunicado hoje divulgado pela missão de observadores da União Europeia, referindo que, "em muitos casos, o apuramento a nível provincial começou sem que estivesse terminado o apuramento a nível dos distritos".

"A Missão manifesta a sua preocupação com os atrasos do apuramento dos resultados a nível distrital e provincial em algumas províncias, e considera que estes incidentes, durante o processo de apuramento, aliados à ausência de uma explicação oficial pública sobre estas dificuldades, deterioram o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral", afirma o comunicado.

A Missão de Observação lamenta também "os obstáculos colocados aos observadores da UE no acesso à informação sobre o apuramento provincial em Cabo Delgado e na Zambézia", lembrando que, ao abrigo da lei, "todo o todo o processo eleitoral deve pautar-se pela transparência e integridade".

Muitas das dificuldades e obstáculos, segundo os observadores europeus, resultam da "falta de organização e conhecimento dos procedimentos de apuramento, tratamento incorreto das atas e material de votação e métodos de apuramento demorados".

A Missão de Observação Eleitoral reconhece porém "os esforços das autoridades eleitorais para ultrapassar estas lacunas" e encoraja os órgãos de gestão eleitoral ultrapassá-las "de forma eficaz e transparente, incutindo nos cidadãos a confiança de que o processo eleitoral será concluído em total conformidade com os requisitos legais".

Na sexta-feira, a chefe dos observadores europeus, a eurodeputada holandesa Judith Sargentini, divulgou as conclusões preliminares da missão, destacando "uma votação ordeira após uma campanha eleitoral desequilibrada".

Apesar de ter apontado irregularidades no processo eleitoral e de salientar a ausência da oposição em muitos postos de votação, a chefe da missão considerou que, das 614 mesas visitadas pelos observadores europeus em todas as províncias do país, 90% foram avaliadas na sua conduta como "boas ou muito boas".

A maior parte dos mais de cem observadores europeus já não se encontra a acompanhar o processo, mas o comunicado hoje divulgado recorda que a missão "permanecerá no país até depois do prazo legal estabelecido para o anúncio oficial dos resultados provisórios por parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE)", que expira a 30 de outubro.

Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados na quarta-feira para escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.

No escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos.

HB // EL

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Homem ameaça fazer-se explodir no consulado do Irão em Paris

A polícia francesa cercou o consulado iraniano, esta sexta-feira, em Paris, depois de um homem ameaçar detonar explosivos presos ao corpo, segundo a agência Reuters.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.