Câmara da Trofa anuncia redução da dívida em seis milhões de euros

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Porto Canal / Agências

Trofa, 21 out (Lusa) -- A Câmara da Trofa reduziu a dívida de 67 para 61 milhões de euros, disse hoje o presidente, acrescentando que a autarquia não recorre a Fundo de Apoio Municipal (FAM] porque "entrou no caminho do reequilíbrio financeiro".

Sérgio Humberto, que foi eleito em setembro de 2014 pela coligação PSD/CDS-PP para suceder ao PS de Joana Lima, falava numa conferência de imprensa de balanço do primeiro ano de mandato, tendo afirmado que quando chegou à autarquia, a Trofa estava "a caminho da rutura financeira".

"A Trofa não vai recorrer ao FAM. Conseguimos demonstrar à DGAL [Direção-Geral das Autarquias Locais], dias antes de ser fechado o programa, que a Trofa está a caminho do reequilíbrio financeiro", disse o presidente da Câmara.

O valor de 61 milhões de euros de dívida atual divide-se, segundo a autarquia da Trofa, em 50 milhões da câmara, contabilizando a empresa municipal Trofa Park, e 11 milhões da Trofa Águas.

O autarca avançou que está a reduzir meio milhão de euros em recursos humanos, assinalando que esta diminuição não é feita "pela via do despedimento", mas através da redução do número de dirigentes, de 20 para 10, e da reorganização do sistema de horas extraordinários.

Outro dos aspetos vincados pelo autarca que ajudam à redução passa pela renegociação de dívidas, "essencialmente através do perdão de juros".

A câmara da Trofa conta também receber este ano mais 400 mil euros de Derrama, valor comparativo com 2013, acreditando que o concelho está a passar uma fase de "fulgor e dinamismo".

O autarca acusou o executivo anterior socialista de ter deixado "simplesmente por pagar" faturas de 2010 e 2011 no valor total de sete milhões de euros e acusou os seus antecessores de durante 16 anos - o município da Trofa foi criado em 1998, tendo saído do concelho de Santo Tirso - "só terem deixado a dívida crescer".

Questionado sobre se, com esta declaração, estava a responsabilizar também a gestão entre 1998 e 2009 do social-democrata Bernardino Vasconcelos, Sérgio Humberto apontou diferenças entre os dois últimos executivos da Trofa: "Os primeiros oito anos do concelho têm dívida, mas obras. De 2009 a 2013 a dívida aumentou sem obra", referiu.

Confrontada pela agência Lusa com estas acusações, Joana Lima classificou-as como "levianas e mentirosas", enumerando que avançou com a requalificação e ampliação de cinco centros escolares, empreitadas comparticipadas por fundos europeus no valor total de sete milhões de euros, e "duas grandes obras" no valor superior a 8,5 milhões, referindo-se aos parques públicos das Azenhas, Nossa Senhora das Dores e Doutor Lima Carneiro.

"Lançámos obra e deixámos dívida porque a câmara estava altamente endividada quando nós chegamos, tendo uma dívida registada e uma dívida de gaveta. Cumprimos sempre com a lei dos compromissos. Fizemos uma grande aposta na Educação e Ação Social que agora infelizmente está a ser desmantelada", afirmou Joana Lima.

No balanço de hoje, Sérgio Humberto avançou que o orçamento para 2015 rondará cerca de 36 milhões de euros, um valor que, segundo defendeu, é "mais ajustado ao volume de receita" da autarquia que "ronda os 20 milhões".

PYT // JGJ

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